Cannes Lions 2018

O poder de informar e levar a população a agir foi a combinação que fez o júri de Mobile atribuir o Grand Prix ao case Corruption Detector, da Grey para o Reclame Aqui, resultado antecipado pelo Clubeonline (leia aqui). “Esse case usa tecnologia, usa inteligência artificial. Mas tem um aspecto muito importante: trata-se de uma ferramenta que dá poder ao público. Ela permite conhecer mais e, desse modo, as pessoas podem agir”, explicou Fabio Simões, diretor executivo de criação da FCB, jurado na categoria.

Em 2014, o Brasil conquistou seu primeiro GP na categoria: Protection Ad, feita pela FCB para Nivea. Ou seja, o país voltou a se destacar quatro anos depois nessa área. De lá para cá, o que o Grand Prix desta edição sinaliza para o mercado brasileiro? Na opinião de Simões: é preciso fazer um investimento maior na mídia e, seguindo esse espírito, é fundamental entender que assumir riscos faz parte. “É necessário encarar mobile como mídia de massa. Não é caso de replicar ideias e formatos planejados para outros meios”, completou.

“Também se pensava antes que, sendo digital, a verba de produção pode ser menor. Mas é importante que agência e cliente se comprometam com essa mídia. Celular precisa ter algo que seja muito bom ou útil porque é onde o jovem consome muito entretenimento”, disse Simões.

O júri compreendeu ainda a relevância do assunto – o Brasil vive ano eleitoral – e o sucesso da ferramenta. “A campanha é de uma empresa que já tem tradição de defesa do consumidor. E com isso faz a defesa do cidadão”, afirmou.

Outro case que esteve entre os favoritos foi “Selfiestix”, da Colenso BBDO, da Nova Zelândia, para Pedigree, uma campanha integrada em que o mobile era a mídia principal. A estratégia consistia em utilizar um aplicativo que explora duas tendências da vida digital: a fotografia e os filtros e lentes para imagens. A ação dispunha também de uma espécie que segurava o Stix para que os cachorros olhassem para o celular. Mas, por ter um impacto mais restrito, ele não chegou a arranhar a preferência do júri.

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