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Cannes Lions 2016

O que pensam os jurados (Igor Puga)

25.04.16

O Clubeonline apresenta um bate-bola sucinto e objetivo com todos os jurados que irão representar o Brasil no Cannes Lions, este ano.

Acompanhe abaixo o que tem a dizer Igor Puga, vice-presidente de integração e inovação da DM9DDB e jurado de Cyber.

1. Nome, cargo e há quantos anos comparece ao Cannes Lions.
Igor Puga, vice-presidente de integração e inovação da DM9DDB. Fui a primeira vez ao festival em 2007, como Young Lion de Media.

2. É sua primeira vez como jurado neste Festival? Qual a importância deste convite?
Sim, minha primeira vez como jurado em Cannes. É uma honra representar meu país e o convite significa o reconhecimento tácito da carreira de qualquer profissional de propaganda. Quando o mercado estabelece que você tem os predicados necessários para julgar o trabalho dos outros é de fato muito gratificante.

3. Como você está se preparando para o julgamento?
A melhor forma de me preparar é conhecer o regulamento com profundidade, além de buscar informações sobre o presidente do júri (no meu caso, A presidente do júri), para previamente compreender qual deverá ser o tom e o critério estabelecidos por ela.

4. Já viu trabalhos, nacionais ou internacionais, na sua categoria ou em outras, nos quais aposta?
Eu vi muitos trabalhos que potencialmente podem estar inscritos em Cyber, mas com a multiplicação de categorias que são digressões de Cyber (Mobile, Data, Cyber Craft) fica difícil saber se serão mesmo trabalhos designados ao meu júri, especificamente.

5. De modo geral, quais suas expectativas em relação ao desempenho do Brasil, este ano, no Festival?
Acho que este não será um ano de volume, mas o foco deveria ser de aproveitamento. Com a crise devemos ter menos inscrições, o que parece ruim em um primeiro momento, mas com certeza terá como consequência a inscrição de peças efetivamente boas e melhores, com mais propensão a serem premiadas. Penso que a proporção entre inscrições e prêmios brasileiros deve ser mais saudável, ainda que o número absoluto de leões possa ser menor.

6. O Cannes Lions virou um grande Festival, com mais categorias a cada ano e no qual as agências brasileiras investem um grande montante de dinheiro, não só em inscrições, mas também no envio de suas equipes. Você mudaria alguma coisa no Festival, se pudesse?
Eu gosto do modelo de julgamento da categoria Innovation. Aberta, transparente, onde os finalistas são selecionados previamente e possuem um tempo para se apresentarem presencialmente ao júri, com o público assistindo. Entendo que é um modelo que deveria ser estendido para mais categorias – é mais prático e dinâmico.

7. Como avalia a qualidade das palestras e a infraestrutura do evento?
Acho que o festival começa a ser muito concentrado em relação ao volume de informação e eventos simultâneos. Para o delegado, é difícil ter uma curadoria capaz de conseguir aproveitar com eficácia num calendário tão congestionado. Além disso, há ainda um volume significativo de palestras que possuem mais interesses comerciais do que compartilhamento de conhecimento em si.

8. O fato de agora haver um grande número de ‘celebridades’ anunciadas dentre os palestrantes te parece um diferencial atraente?
Indiferente. Há celebridades que contribuem muito com uma visão particular e profunda e outros que são mera badalação superficial. Penso que é indiferente a presença desses personagens.

9. Recomenda alguma palestra nesta edição do Festival?
Eu gosto muito da ideia de ouvir o fundador da Vice, Shane Smith, que vai fazer um painel com seu sócio Spike Jonze sobre conteúdo que as pessoas se importam. Se existe alguém com autoridade pra falar de conteúdo com legitimidade é esse cidadão.

Leia anterior com entrevista com Hugo Rodrigues, jurado de Press & Publishing, aqui.

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