Cannes Lions 2016

Nizan Guanaes, sócio do Grupo ABC, defende em sua coluna quinzenal na Folha de S.Paulo, publicada nesta terça-feira, 05 (leia aqui), que o Festival Internacional de Criatividade de Cannes é "muito mais do que prêmios".

No texto, Nizan destaca que um dos pontos altos do Cannes Lions 2016 foi o Leão de São Marcos concedido ao brasileiro Marcello Serpa (saiba mais aqui). "É um prêmio sem precedentes na história da propaganda brasileira", defende.

Ele também valoriza as palestras e os debates que ocorrem durante o Festival - que abordam tecnologia, big data, antropologia, entre diversos outros temas - e argumenta que o evento "se tornou o South by Southwest of France (em referência ao SxSW), uma feira de conhecimento com conteúdo impressionante."

No final, pondera: "mas tem a pergunta que não quer calar: mesmo numa crise dessas, vale ir a Cannes?". E responde, em seguida: "Sim. Porque Cannes é investimento, não é despesa. Você vai ver grandes ideias executadas com pouca verba e soluções fora da caixa criadas para todo tipo de país e cliente. Numa crise, é preciso inspiração para não pirar. E Cannes é um dos lugares do mundo para se inspirar", acredita.

O texto talvez possa se encaixar como resposta a Martin Sorrell, CEO do Grupo WPP, que parece não estar tão convicto de que "vale o investimento" em Cannes. Ele disse ao editor do Ad Age, Ken Wheaton, que vai repensar a participação da holding no Festival, que considera um "evento de networking muito caro". "Não há garantia de que sempre valerá a pena o investimento", declarou (leia aqui).