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Crise da Oi

Esquentam bastidores da recuperação judicial

16.10.17

Segundo informa o site especializado Mobile Time, os bastidores da recuperação judicial da Oi esquentaram ainda mais nos últimos dias.

Os credores internacionais da empresa enviaram comunicado, na sexta-feira, 13, criticando o novo plano apresentado a eles pela Oi no fim da tarde da quarta-feira (11). Esta é a terceira versão da proposta de recuperação judicial da operadora de telecomunicações. Em seguida, o ex-ministro das Comunicações e atual membro do conselho da empresa, Hélio Costa, enviou carta a diversos ministérios com fortes críticas ao comunicado desses credores, acusando-os, dentre outras coisas, de 'terrorismo e chantagem'.

A carta foi encaminhada aos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Gilberto Kassab; e das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Nela, Costa cita "repúdio" e "genuína preocupação" com recentes manifestações das agências de crédito Belgian Export Credit e Finnish Export Credit. Segundo ele, as duas usaram "o expediente da advertência e da ameaça para impor um desfecho que lhes favoreça mesmo com o sacrifício do restauro da empresa".

O Grupo Oi requereu pedido de recuperação judicial em 20 de junho de 2016, com base na Lei de Recuperação Judicial e Falências. É o maior pedido da história do país. A empresa acumula dívidas de mais de R$ 64 bilhões e tem cerca de 55 mil credores. Em linhas gerais, o plano de recuperação da Oi prevê capitalização de R$ 9 bilhões. Deste total, parte viria da conversão de dívidas em participação acionária (cerca de R$ 3,6 bilhões); outra parte (R$ 3,5 bilhões) viria de dinheiro aportado por bondholders (detentores de títulos) e R$ 2,5 bilhões viriam dos acionistas.

Segundo comunicado assinado pelos dois maiores grupos de credores da Oi - o Oi Creditors Groups e o grupo representado pela FTI Consulting -,  o plano de recuperação "parece ter como objetivo somente proteger e valorizar os interesses dos atuais acionistas, em detrimento do melhor interesse da companhia e demais partes interessadas”. Juntos, esses dois grupos têm a receber da empresa cerca de US$ 6,4 bilhões, ou aproximadamente R$ 22 bilhões.

Leia matéria do Mobile Times na íntegra aqui. Leia matéria da Agência Brasil aqui.

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