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Fusão

Maurice Lévy apresenta DPZ&T

20.05.15

Maurice Lévy, chairman e CEO do Publicis Groupe, oficializou nesta quarta-feira (20) a fusão entre DPZ e Taterka (como adiantamos aqui), que dá origem à DPZ&T.

A nova operação será comandada por Eduardo Simon (que era sócio e COO da Taterka), como CEO, e por Tonico Pereira (ex-diretor geral da DPZ), que passa a responder como COO.

Rafael Urenha (que era Chief Creative Officer da DPZ) estará à frente da criação da DPZ&T e Marcelo Lucato (até então diretor de criação da Taterka) assumirá o cargo de head of art. José Passos (ex-diretor da Taterka) assumirá a vice-presidência da agência. Roberto Duailibi, o "D", da DPZ, e Dorian Taterka, o Dodi, farão parte de um board consultivo. Outros cargos de liderança serão anunciados nas próximas semanas.

"O objetivo da fusão é nos tornar melhores, com estruturas mais robustas e maior capacidade de investimentos", ponderou Simon. "Não temos nenhum tipo de conflito entre os clientes", observou o CEO. Entre os anunciantes que passam a ser atendidos pela DPZ&T estão marcas que se relacionam há um longo período com as suas respectivas agências, como Itáu (atendido pela DPZ desde 1972) e McDonald's (no portfólio da Taterka desde 1993). "Vamos reinventar nosso relacionamento com nossos clientes - on e offline", garantiu Simon.

"Essa fusão é um sonho. O sonho de dar continuidade à obra de seus fundadores", declarou Paulo Giovanni, chairman da Publicis Worldwide Brasil que, além da DPZ&T, reúne a Publicis Brasil, Talent e Ag2Nurun.

A partir de agosto, a agência resultante da fusão será instalada no prédio São Paulo Corporate Towers, onde abrigará cerca de 280 profissionais. No entanto, o trabalho integrado começa já no próximo mês. A operação do Rio de Janeiro se manterá no atual escritório carioca da DPZ.

Ao apresentar o novo negócio, Lévy elogiou as expertises das duas agências e a qualidade criativa dos seus trabalhos. "Qualquer líder de agência no mundo ficaria orgulhoso das campanhas criadas pela DPZ e pela Taterka. Quando compramos a DPZ, sabíamos que estávamos fazendo a aquisição de uma agência icônica. Ao uni-la à capacidade incrível de produção da Taterka, para lançarmos a DPZ&T, o resultado é uma operação que certamente vai crescer e se desenvolver com muita criatividade", defendeu.

"Nós somos otimistas em relação ao Brasil. Nossa primeira aquisição por aqui foi a Norton. Desde então, de maneira contínua, com altos e baixos, bons índices de crescimento e desacelerações, continuamos investindo e acreditando no mercado brasileiro. Essa fusão é uma demonstração complementar dessa crença neste mercado", assinalou Lévy.

Em 2014, o Brasil era o oitavo país na lista dos principais mercados do Grupo Publicis. Segundo Lévy, a meta é alçá-lo aos cinco primeiros países no Grupo, em três ou quatro anos.

Questionado sobre as metas para a DPZ&T, Lévy preferiu não citar números. "Não penso em cifras, penso na qualidade dos trabalhos. Os números virão, se tivermos qualidade, talento, se utilizarmos nossas operações on e off line para ajudar nossos clientes a se transformar", sublinhou o chairman, que se autodenominou um "defensor do digital", mas que também não desdenha da importância dos meios tradicionais. "Precisamos do on e do off line. São mídias complementares", ponderou. "Hoje, mais de 50% da receita de nossas operações no mundo vêm do digital. Nosso objetivo é que esse share chegue a 60% em 2018", contou Lévy.

Roberto Duailibi lembrou que quando a DPZ foi fundada, em 1968, "a crise era muito maior que essa". "Vivíamos em uma moratória virtual, ninguém pagava ninguém, todos adiavam pagamentos. Com muito trabalho e persistência, nós sobrevivemos e superamos aquele momento. Agora, apesar das dificuldades, o Brasil vive um momento de reversão, já podemos notar reações dos homens de negócio para estimular a economia. Os investimentos chineses são um ponto de inflexão importante", comentou Duailibi, ao analisar o cenário desta união, citada por ele como "uma fusão entre iguais".

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