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Licínio Neves Tavares de Almeida

Por Julio Cosi

07.12.09

Conheci o Licínio no começo de 1959. Ele fora transferido da Standard/Rio para a filial de São Paulo.

Vocês não podem imaginar como fiquei contente: o Liça era um diretor de arte com nome consolidado, reconhecido entre os melhores do Brasil.

Além de diretor de arte, sempre foi um excelente pintor, bom poeta e artista, eu sei bem, tenho alguns quadros maravilhosos pintados ou desenhados por ele.

Pouca gente sabe que ele tinha também o talento do humor. Sempre dizia a frase irônica certa na hora certa. Trabalhar com o Liça era um prazer renovado diariamente.

Só havia um problema, ele era duro de aceitar convites, ou melhor, aceitava os convites, mas... uma hora antes telefonava para dizer que algum empecilho ou alguma indisposição o impediam de comparecer.

A querida Ruth também era do Rio e depois do casamento veio morar em Sampa.

Trabalhamos juntos quase dez anos. Depois que eu deixei a Standard e fui para a Almap, não demorou muito e o Liça fez sociedade com Livio Rangan e fundaram a Gang, uma agência que sempre surpreendia pelo talento.

Ahhh... Portuga querido, vou sentir sempre e muito a sua falta.


Julio Cosi
Dezembro de 2009


Leia anterior sobre o falecimento de Licínio Almeida aqui.


Comentários

Marcello serpa - Uma grande perda. Era um dos grandes diretores de arte que construiram a história da propaganda brasileira. E como a maçã nunca cai longe da àrvore, o Rodrigão se tornou o diretor de arte maravilhoso que é. Sinto muito. Marcello

Licínio Neves Tavares de Almeida

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