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Make-a-thon

Diário de bordo – Dia 3

05.05.15

O terceiro dia do Make-a-thon começou com um exemplo prático dos desafios – e oportunidades – que incorporar a cultura ‘maker’ pode trazer para o dia a dia das agências. Pedro Gravena dissecou o premiado caseSpeaking Exchange”, projeto da rede de escolas de idiomas CNA, que ajudou a viabilizar quando chegou à FCB Brasil.

Entre as dificuldades de colocar o projeto nas escolas estava a definição de uma plataforma para realização das conversas entre idosos norte-americanos e estudantes brasileiros – o Google Hangouts, por exemplo, não permitia que as gravações permanecessem privadas. A solução veio de uma start-up que oferecia serviço semelhante ao do Hangouts e do Skype, e que permitia customização da plataforma para as demandas do CNA. A lição ali, segundo Gravena, é de que sempre há uma start-up oferecendo serviços semelhantes ao de grandes players do mercado de tecnologia por um preço mais baixo e com mais flexibilidade para as demandas do cliente. Outra dica foi ter bem definidos quais rumos não se quer que um projeto deste tipo tome. “Você orienta o processo de 'fazeção' para não andar para o caminho errado”, disse.

Em seguida, testamos um software para a construção de protótipos de apps e serviços online, o Invision. Uma excelente e rápida ferramenta – além de gratuita – para mostrar ao cliente como o app que você quer emplacar na próxima campanha pode ficar bonito, e merece o investimento. Para o meu grupo no Make-a-thon, a ferramenta foi especialmente bacana: nosso “Coparty” envolvia um app para funcionar, e mexer no Invision nos ajudou muito a apresentar um produto final mais verossímil.

Depois do Invision, mergulhamos na primeira experiência com o Arduíno – uma ferramenta open-source para construir computadores/sistemas que controlem outros objetos. Nós, alunos, recebemos nosso kit individual com um programa para escrever software, uma placa eletrônica para construir o sistema desejado e cabos. Muitos cabos, acompanhados de lâmpadas LED. Aqui, uma visão muito particular: o grande lance do Make-a-thon é te mostrar que você é menos retardado do que pensa. Eu nunca soube lidar com eletrônicos, desde os tempos de laboratório de informática no ginásio. Era motivo de piada do irmão mais velho, sabichão que sempre consertava ítens quebrados.

Depois de algumas horas observando e testando o Arduíno, me senti menos imbecil e até mais confiante de que poderia construir alguma coisa com aquele monte de cabos e traquitanas até então assustadoras (ok, ainda acho um pouco assustador). Tivemos por todo o tempo apoio do Gravena e do Drausio Tronolone. Logo depois de construir um sistema controlado pelo computador, foi a vez de evoluirmos nosso protótipo.

E veja você, caro leitor, que mesmo tendo feito aquele copinho plástico bem sem graça do dia anterior (veja a foto aqui) conseguimos andar para trás. Ficamos tão empolgados com os detalhes que esquecemos de melhorar nosso protótipo. O Mauro Cavalletti e o André Piva nos lembraram disso e desafiaram a oferecer um protótipo mais digno no dia seguinte – afinal, seria o dia da grande apresentação. Sugeriram que personalizássemos nosso “Coparty”, talvez incluindo dicas de um grande barman.

Mas ainda estávamos no copinho plástico. Será que conseguimos?

Leia texto anterior sobre esta experiência, aqui.

Eduardo Duarte Zanelato está escrevendo este relato a convite dos organizadores do curso Make-a-thon, que acontece na Casa Galpão, na Vila Mariana, São Paulo

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