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Não basta conectar

Facebook muda missão e quer construir comunidade global

20.02.17

O Facebook tinha como lema “conectar o mundo”. Agora a missão é outra, embora a diferença possa parecer sutil. Mark Zuckerberg, CEO da empresa, anunciou em sua página que a rede está pronta para o passo seguinte. “Nossas grandes oportunidades são agora globais – como espalhar prosperidade e liberdade, promover paz e entendimento, tirar pessoas da pobreza e acelerar a ciência”.

A nova missão do Facebook é construir uma comunidade global. Zuckerberg comenta que, no início, essa ideia não parecia controversa – e isso remete à política do presidente Donald Trump de tentar impedir a entrada de grupos de imigrantes aos Estados Unidos. Essa medida promoveu uma união das mais famosas corporações do Vale do Silício, todas contrárias à proposta do novo presidente.  “A cada ano, o mundo se torna mais conectado e isso é visto como uma tendência positiva. No entanto, há pessoas deixadas para trás pela globalização, há movimentos para retirá-las da conexão global”, escreve o CEO da rede em manifesto publicado no Facebook.

Zuckerberg aponta que nós talvez não tenhamos poder para criar imediatamente o mundo que queremos, “mas podemos começar a trabalhar juntos hoje”. Em seguida, afirma que o mais importante que o Facebook pode fazer é desenvolver uma infraestrutura social para dar poder às pessoas para que elas construam uma comunidade global que funcione para todos. Essa infraestrutura pretende dar suporte a grupos, ajudar a aumentar a segurança, a informar mais às pessoas, a promover o engajamento cívico e a inclusão.

Dentro desse propósito, a rede estabeleceu cinco grandes questões para discussão:

- Como construímos comunidades que fortaleçam instituições e entidades tradicionais no mundo que vem perdendo adesão?

- Como ajudamos pessoas a criar uma comunidade bem informada que apresente novas ideias e que amplie o entendimento de que no mundo todos têm voz?

- Como estabelecemos uma comunidade segura, que evite riscos e que oriente pessoas durante situações de crise e que ajude na reconstrução?

- Como podemos ajudar pessoas a construir uma comunidade engajada e cívica em um mundo no qual a participação em votações importantes às vezes não representa metade da população?

- Como construímos uma comunidade inclusiva que reflita nossos valores coletivos e aspectos comuns da humanidade, do nível local ao global, abrangendo culturas, nações e regiões em um cenário que tem poucos exemplos de comunidades globais?

Clique aqui para ler o manifesto e conferir os cases indicados por Zuckerberg para explicar o que pode ser feito para a construção dessas comunidades.

Não basta conectar

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