O Espaço é Seu

Meus antepassados, cinco gerações, vieram originalmente da Irlanda e Escócia e, por fim, foram para a Nova Zelândia. Nasci na Irlanda.

Por meu pai ser piloto de avião, durante a minha infância, moramos em muitos lugares como Singapura, Irã, Bornéu, Líbano e Zimbábue.

Minha mãe, cozinheira aventureira e exploradora de mercados, na sua contínua mudança de casas, experimentou e se encantou com os cardápios que sempre mudavam.

Não estudei fotografia, fui assistente aos 17 anos e, meu mentor, Kevin Summers, me ensinou as habilidades da sala escura e a procurar sem fim pela perfeição da natureza morta na fotografia publicitária.

Independente, eu também viajei pelo globo por 18 meses, com uma mochila e uma câmera linhof 9x11, em busca de geleiras e vulcões para formar meu primeiro portfólio.

Minha epifania veio quando me pediram para fotografar a colheita de arroz Basmati em Haryana, no norte da Índia.

Eu soube então que havia encontrado a minha vocação.

Viagem.

Comida.

Fotografia.

E agora, como residente deste incrível país, e após 30 anos de viagens pelo mundo, continuo um entusiasta observador das pessoas que produzem os alimentos e vinho, que são consumidos diariamente, da mesma forma que fui, quando da minha primeira viagem à Índia.

De fato, no dia a dia, é a beleza da simplicidade que ainda me atrai; cada interação e diálogo que formam as histórias que levam a um palete visual.

Diálogo é a chave para mim.

Perguntando e ouvindo.

Para abrir o desconhecido, não existe uma viagem que não traga surpresas, um momento espontâneo que não coloque tudo junto. Uma imagem, a moldura que une tudo, raramente é pré-concebida.

Portanto, para mim o importante é olhar e ouvir atentamente o que se apresentar, evitando conclusões precipitadas e estando sempre aberto para novas ideias e maneiras de ver.

As evoluções tecnológicas dos últimos 30 anos têm sido imensas e me mantenho informado e aberto às mudanças - é o que permite que as fronteiras sejam substituídas por novas criações.

Também no meu desenvolvimento pessoal, além do “frame” único da fotografia, ampliei para os “frames contínuos" da imagem em movimento.

Compartilhar uma refeição seja lá onde eu estiver é o ponto central para descobrir novas culturas e amigos, novas sabores e velhas histórias.

Ter o privilégio de ter sentado a muitas mesas, com muitas pessoas, de diversos caminhos da vida, tem sido uma grande honra e é o que me sustenta e me mantém engajado.

Jason Lowe, diretor de cena, representado pela Hungry Man