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Snapchat no Brasil

App se aproxima dos criativos e depois parte para as marcas

23.09.16

Um encontro com cerca de 20 criativos foi o pontapé inicial do Snapchat e sua plataforma publicitária no Brasil. O evento, que aconteceu esta semana em São Paulo, procurou mostrar as alternativas comerciais que as marcas podem explorar no aplicativo e as vantagens que têm sobre outras mídias sociais. Esse é o primeiro evento que a empresa faz no país desde que anunciantes fizeram uma experimentação da plataforma publicitária do app, durante a Rio 2016.

Na ocasião, o teste envolveu os patrocinadores Unilever, McDonald’s, Visa, Sony e PepsiCo. O Snapchat é representado no Brasil pela empresa IMS, que também responde pela plataforma de publicidade do app na região latino-americana. Nesse sentido, Samsung e Coca-Cola também fizeram parte da experimentação na região, a que se somou a Visa.

Depois da apresentação para os criativos, a empresa prepara uma rodada com os mídias de agências e no dia 20 de outubro está planejado um encontro com anunciantes. O movimento é estratégico já que na avaliação do Snapchat o mercado brasileiro ainda conhece pouco da plataforma. Entre as informações transmitidas, são 130 milhões de usuários diários no mundo. No Brasil, esse número chega a 9 milhões. Cerca de 60% das pessoas que se conectam todo o dia ao Snapchat compartilham conteúdo diariamente – ou seja, a maioria não fica apenas observando o que os outros postaram. Além disso, a média diária de tempo dedicado ao app é de 25 a 30 minutos.

No Brasil, 89% dos usuários estão abaixo dos 34 anos. A audiência está dividida, nesse caso, entre as faixas 13 a 17 anos (29%), 18 a 24 (40%) e 25 a 34 (20%). O Snapchat afirma que, levando-se em conta o público millennial, a audiência é maior do que a da TV. Em um ano, comparando-se 2015 a 2016, o aplicativo teve um salto de visualizações de vídeo, saindo de dois bilhões para dez bilhões.

E quais são os formatos de publicidade no Snapchat? Geofilters (os filtros) e Snap Ads (vídeos). Desde o início de setembro, a plataforma comercial já está disponível para as marcas no Brasil. Os primeiros testes foram feitos durante a Rio 2016, com 12 campanhas feitas com os patrocinadores dos Jogos. Um dado a ser observado é que, por enquanto, o Snapchat irá trabalhar aqui com ações nacionais, massivas. Nos Estados Unidos, é possível fazer segmentação, com amplas variáveis.

Filtros têm a duração de um dia. Vídeos, uma semana. As análises da performance de uma campanha de geofilters envolvem três níveis: quantas pessoas foram submetidas ao filtro, quantas vezes o filtro foi utilizado e o tempo médio em que as pessoas interagiu com o filtro – o relatório fica pronto em uma semana. Para os vídeos podem ser usadas ferramentas como DoubleClick. É importante ressaltar que campanhas – tanto para filtro quanto para vídeo – dependem de uma validação que leva duas semanas. Hoje, quem quiser fazer uma ação no Snapchat tem duas propostas: o combo filtro + vídeo ou projetos só com vídeo.

Uma oportunidade para as marcas, segundo o Snapchat, é criar campanhas para eventos especiais ou grandes celebrações, como foi o caso da Rio 2016, ou como pode ser uma Black Friday. Isso abre um campo imenso para as conversas. Vale lembrar que a empresa se posiciona não propriamente como uma rede social, mas como um comunicador. O objetivo, portanto, é intensificar conversas. Tanto que os filtros podem ser criados inclusive por usuários comuns. Para uma festa, por exemplo. Para isso existe o Geofilters on demand. Os preços começam a partir de US$ 5.

Snapchat no Brasil

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