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SxSW 2017

Sobre Watson e como educar o novo Ser Humano (Rui Piranda)

16.03.17

Sobre Watson como educar  o novo Ser Humano   Hoje vi um videoclipe onde as cenas, os cortes e a edição foram feitas pelo Watson da IBM. O sistema reconheceu pela face e pelo tom de voz dos atores/cantores qual cena representava a emoção que deveria ser passada. Watson também leu inúmeros livros e escreveu um triller. Você acha que eu me assustei? Não. Aprendi que Watson veio para nos ajudar a ser mais... humanos. Mas precisamos começar logo. Isso me leva à palestra que marcou meu último dia em Austin (e minha vida). Sem exagero. Chama-se: AI in América: preparing your kids. Andrew Moore, além de ser reitor da escola de ciência da Mellon University, é vice-presidente de engenharia do Google. Moore é realmente um professor. Ele desmistificou a tecnologia. Disse mais de 10 vezes que nada é mágica. Ressaltou o óbvio que sempre esquecemos: tudo é fruto de um design humano. E, por conta disso, deveria estar ao alcance de todos. Inclusive das escolas. O ponto dele é: precisamos começar a colocar a tecnologia de que tanto se fala em Austin nas salas de aula. AGORA. Afirma que VR, AI, e todas as outras siglas já podem ser aplicadas em matérias como física, história e arte. (Adorei as matérias.) Insiste que tecnologia não é matemática. Lembra, que usamos nossas máquinas e celulares sem precisar fazer cálculos. E que, a partir das nossas interações, a tecnologia evoluiu. Para Moore, colocar ciência computacional na escola é preparar as novas gerações não apenas para lidar com esta tecnologia, mas, sim, para dar "ordens" a ela. O que chamou de Research for design and design for Research. Mostrou inúmeros filmes de seus alunos já interagindo e fazendo novas descobertas "apenas" usando ou dando novas funções para tecnologias. Ao longo de sua aula... ops... palestra, ressaltou preocupações. Compartilho 3 delas com você: 1 - se as tecnologias não entrarem agora nas salas de aula, ele não faz ideia do que será do futuro desta geração; 2 - cuidado para não elitizar este acesso. O mundo precisa ser mais democrático e multifacetado (a tecnologia aprenderá melhor com as diferenças); 3 - se não formos éticos, nossa tecnologia também não será. De novo, parece óbvio, mas sabemos que não é. Se você me perguntar, saio otimista desta edição do SxSW. Por que? Porque se gente como Moore está preocupada, então sempre teremos novas soluções. Rui Piranda - Sócio Fundador da ForALL Leia o texto anterior do Rui no SxSW aqui.  

SxSW 2017

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