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Comerciais tornam programas + interessantes
Dois estudos nos EUA, realizados por pesquisadores que avaliam o comportamento consumidor, apontam que interromper uma experiência tediosa ou agradável - como assistir a um programa de TV por exemplo - pode torná-la significativamente mais intensa.
"O mote é que os comerciais tornam os programas mais agradáveis de ver. Mesmo os comerciais ruins", disse Leif Nelson, professor-assistente de marketing da Universidade da Califórnia, em San Diego, e co-autor da nova pesquisa.
"Quando digo isso às pessoas, elas apenas ficam me encarando, sem acreditar. As descobertas são ao mesmo tempo implausíveis e empiricamente coerentes."
A nova pesquisa de consumo analisou uma dinâmica similar num nível momento-a-momento.
Em um experimento, Nelson, com Tom Meyvis e Jeff Galak, da Universidade de Nova York, fizeram 87 estudantes assistir a um episódio da série "Taxi." Metade o assistiu como ele foi originalmente transmitido, com comerciais da "Jewelry Factory Store" e do escritório de advocacia de Michael Brownstein, entre outros. A outra metade viu o programa direto, sem interrupções.
Depois de terminada a transmissão, os estudantes avaliaram o quanto haviam gostado, usando uma escala de 11 pontos e comparando o programa com a série "Happy Days", a qual todos conheciam. Aqueles que viram "Taxi" sem comerciais preferiram "Happy Days", mas os que viram o programa original preferiram "Taxi", com uma margem significativa.
Em experimentos similares, usando outros clipes de vídeo e uma variedade de interrupções, os resultados foram os mesmos: as pessoas classificavam suas experiências como mais agradáveis com os comerciais, não importando seu conteúdo, ou outras interrupções.
O efeito não estava limitado à TV; interromper uma massagem também aumentava o prazer do sujeito, conforme descobriu outro experimento.
O oposto era verdade para experiências irritantes, como escutar o barulho de um aspirador de pó: uma pausa só tornou tudo pior, eles descobriram.
"O motivo pelo qual isso acontece, argumentamos, é que nós tendemos a nos adaptar a uma variedade de experiências, à medida que elas vão acontecendo", disse Nelson. "Ouvir uma música, assistir a um programa televisivo, receber uma massagem: tudo isso começa de forma muito agradável, e dentro de alguns minutos nós nos acostumamos. As interrupções dividem isso", explica.
Com informações do New York Times, citado pelo UOL Ciência e Saúde, leia na íntegra aqui.