45 Anos (21)

Nascido em 1975, com a missão de valorizar e preservar a criatividade brasileira, o Clube de Criação completa 45 anos em 2020.

Para entender melhor a importância da entidade e sua contribuição para a vida dos profissionais que integram o mercado publicitário, o Clubeonline exibe depoimentos que explicitam, sublinham e emolduram esta poderosa relação.

João Caetano Brasil, diretor executivo de criação da Energy BBDO, lembra que conheceu os Anuários antes mesmo de prestar vestibular para a faculdade de Propaganda. Mas destaca que a presença e influência do Clube de Criação em sua vida "vai muito além" dos livros. "As palestras, a revista Pasta, o site e o maravilhoso Festival, regado a conteúdo bacana e cerveja Avós com os amigos, foram e são fundamentais", salienta.

Espie a seguir o que nos diz João Caetano.

"O Clube é parte da minha vida desde 1997, quando eu estava no 3º colegial em Paranaíba-MS e me preparava para prestar vestibular. Quer dizer, não me preparava tanto assim, era vestibular para Propaganda.

Uma amiga da minha mãe, a Fátima, leu uma matéria sobre o lançamento do Manual do Estagiário, do Eugênio Mohallem. No texto, também informavam que o Clube de Criação estava com uma promoção para vender um pacote de Anuários por uma pechincha.

Eis que um belo dia eu chego da escola e tem uma caixa e um recorte de jornal no meu quarto. Era a tal matéria e quase todos os Anuários lançados até aquela data. Presente da Fátima.

Imediatamente, troquei o que eu lia todas as tardes. As apostilas continuaram encostadas, mas Batman, Homem-Aranha e X-Men deram lugar ao espelho, do Tomás (Lorente), ao homem de lata, do Javier (Talavera), ao menino com a camisa do Brasil, do Marcello (Serpa). E a lista dos meus ídolos, que tinha Ramones, Romário e Jordan, ganhou nomes como Fabio (Fernandes), Washington (Olivetto), Edu (Lima), Átila (Francucci) e Eugênio (Mohallem), entre tantos outros e outras.

A partir daí, a história é muito parecida com outros textos desta seção. Os Anuários foram meu maior professor, com seus títulos, conceitos, filmes, anúncios visuais. Eu sabia em que página estava cada peça. E não apenas decorava os nomes nas fichas e no índice remissivo, mas também sabia os nomes completos dessas mesmas pessoas na lista de sócios.

Considero a primeira peça que consegui emplacar, uma mala-direta feita com o (João) Linneu, o meu diploma de publicitário. Mas a presença e influência do Clube na minha vida vai muito além dos Anuários. As palestras, a revista Pasta, o site e o maravilhoso Festival, regado a conteúdo bacana e cerveja Avós com os amigos, foram e são fundamentais.

Não existe atividade profissional forte e valorizada sem uma instituição que represente e defenda os seus princípios. No nosso ofício, essa instituição se chama Clube de Criação."

Assista também ao depoimento anterior, de Adriano Alarcon, aqui.

E espie as declarações da série "Minha Estrela Inesquecível", aqui.