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A Space for Being

Exibição do Google em Milão mostra que design é importante

10.04.19

Em um projeto que contou com a colaboração da John Hopkins University, nos EUA, o Google mostra na Semana de Design de Milão, que se encerra no dia 14, como um bom design pode impactar o cérebro, a saúde e o bem-estar. A colaboração foi fundamental para que se criasse uma experiência que pudesse ser avaliada segundo critérios científicos. É o que se pretende com a instalação A Space for Being, três ambientes que estimulam os sentidos por diferentes propostas e que fazem parte da exibição italiana. 

O espaço foi criado pelo time de Ivy Ross, vice-presidente de hardware design do Google, com as parcerias do estúdio de design e arquitetura Reddymade, e do escritório dinamarquês de design Muuto, além do International Arts + Mind Lab, da John Hopkins. As três salas - Essential, Vital e Transformative - são precedidas de uma pequena área à prova de som e com luz baixa para preparar o visitante para cada experiência.

Como conta Ivy no blog oficial do Google, os ambientes foram elaborados com diferentes características, elementos visuais, cores, texturas, sentidos, sons e produtos. Os visitantes passeiam pelo espaço usando uma pulseira que mede respostas biológicas como atividade cardíaca, ritmo da respiração, temperatura da pele e movimentos. “Ao final, antes que os dados sejam deletados, eles têm acesso a uma representação visual de suas reações em cada sala e recebem um relatório personalizado sugerindo qual espaço os deixou mais à vontade”.

De acordo com Ivy, designers intuitivamente trabalham com inputs sensoriais para evocar certos sentimentos nas pessoas. Mas com a ajuda da ciência esse processo pode ser mais compreendido. Ela cita a neuroestética, campo que explora o impacto de experiências estéticas na biologia humana. Essa área da ciência oferece uma visão sobre quais insumos evocam respostas específicas. “É a razão pela qual sua frequência cardíaca pode mudar quando você toca em certos tecidos e porque seu nível de energia pode mudar de acordo com as cores ao seu redor”, acrescenta.

Ao site Dezeen, Ivy declarou que a experiência oferecida pelo Google é sinal de que o que os designers fazem é relevante, o que é percebido ao se analisar como as escolhas feitas nos ambientes afetam as pessoas. Ou seja, a instalação A Space for Being, nas palavras de Ivy, “é uma prova científica de que o design é importante”.

A primeira sala, Essential, tem tons quentes e terrosos, com móveis macios e iluminação suave, e uma tapeçaria na parede. A referência dos criadores se volta para a estética das cavernas: um espaço redondo, semelhante a um útero. Vital, a segunda sala, é mais divertida, com cores vibrantes e feixes de luz cruzando o ambiente. Há livros com obras de arte em 3D espalhadas pelo espaço. A última parte do passeio é a sala Transformative, que é mais “refinada”. É minimalista e traz tons suaves por meio de materiais como aço, madeira e couro.

A Space for Being

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