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Festival do Clube 2021

Maxwell Alexandre exibe em sua obra encontros do morro com o asfalto

21.09.21

Um dos mais celebrados artistas plásticos brasileiros da atualidade, Maxwell Alexandre nasceu em 1990, na Favela da Rocinha, no Rio, em uma família evangélica. Serviu o exército, foi patinador de street profissional e participou de um curso de fotografia para registro das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), antes de matricular-se no curso de Design da PUC-RJ, que concluiu em 2016.

Ele é um dos destaques do primeiro dia da 9ª edição do Festival do Clube de Criação, que abre suas portas nesta quarta-feira, 22. O artista será entrevistado pelo trio Ary Nogueira, sócio e diretor de criação da Gana; Marcos Medeiros, sócio e diretor de criação da CP+B; e Angela Bassichetti, head of Creative Shop APAC no Facebook.

O processo criativo de Maxwell está fortemente associado à saga dos habitantes das comunidades cariocas. Seu trabalho parte da observação da realidade para uma contribuição ao processo de empoderamento do povo negro urbano. Na pauta, a construção de identidades, a repressão policial, a luta por inclusão social e as intersecções no campo da cultura, como nas composições do rap.

Maxwell revela que sua produção é inspirada por poetas negros que experimentam cotidianamente essas vivências. Seu objetivo é romper paradigmas e transportar o espectador para um território de reflexão, na qual o negro é o novo protagonista. O artista considera que esse é seu grande desafio em um mundo constituído a partir de matrizes da estética branca e europeia.

Sua série "Pardo é Papel" tem sido exposta e elogiada em museus e galerias, como o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Nessas obras, as imagens são sempre expostas sobre papel pardo. São amplas e constituem uma arena para contemplação e reflexão sobre a negritude, a diversidade e o papel do cidadão dos morros e periferias na sociedade em transformação. Veja abaixo um vídeo da Fundação Iberê Camargo a respeito desse trabalho.

A Pinacoteca e o Masp já agregaram trabalhos de Maxwell a seus acervos. No ano passado, ele expôs sua obra em Londres, na galeria David Zwirner, e, neste ano, fará sua primeira individual em Paris, no Palais de Tokyo. No próximo ano, terá uma mostra no The Shed, em Nova York.

Fazer pensar, fazer pensar, se retroalimentar”, assim Maxwell estrutura seu processo criativo, absorvendo o aprendizado permanente da vivência comunitária. “Exercício e vigília são duas palavras que sintetizam minha prática”, explica.

Ele adianta um pouco sobre a complexidade de suas composições imagéticas, que abrangem diferentes dimensões da vida dos personagens retratados.As obras têm mensagens plurais; e mesmo quando há uma única ênfase, o que é raro, o público traz consigo sua bagagem, visão e, portanto, interpretação”, afirma. “Não tem, portanto, como controlar totalmente a mensagem”, conclui.

Assim como os outros painéis desta edição, a entrevista com Maxwell Alexandre terá transmissão online pela plataforma Globoplay. O bate-papo acontece nesta quarta-feira, a partir das 11h40.

Para participar do evento, é preciso fazer inscrição - que é gratuita - na plataforma da Sympla – aqui.

Garanta seu lugar.

Acesse aqui para conferir a programação.

Serviço
Festival do Clube de Criação
Quando22 e 23 de Setembro de 2021
OndeGloboplay
InscriçõesSympla
Hosted byClube de Criação
www.clubedecriacao.com.br
Fone: 55 11 3034 3021
Whatsapp: 11-93704-2881

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