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Guerra das Cervejas

AB InBev acusa MillerCoors de tentar 'obter segredos comerciais'

18.10.19

A batalha legal entre a Anheuser-Busch InBev e a MillerCoors ganhou novo capítulo. Em um novo processo judicial, a AB InBev alega que a concorrente tentou obter segredos comerciais, incluindo detalhes sobre como são produzidas a Bud Light e a Michelob Ultra, por meios ilegais.

A AB InBev alega que ex-funcionários que agora trabalham na MillerCoors buscaram informações confidenciais de ex-colegas da AB InBev, inclusive sobre procedimentos técnicos de fabricação de cerveja que vão além dos ingredientes básicos.

O processo afirma que a AB InBev considera as especificações detalhadas da receita de fabricação de cerveja "como informações altamente confidenciais, proprietárias e de segredo comercial".

"Vamos fazer valer o nosso direito de descobrir até que ponto isso pode chegar à organização MillerCoors", disse a AB InBev em comunicado. "Levamos a sério nossos segredos comerciais e os protegeremos em toda a extensão da lei".

Mas a manobra legal de proteção de segredos comerciais coloca a AB InBev em uma situação complicada, potencialmente em desacordo com sua estratégia de publicidade e comunicação. A AB InBev enfatizou que só usa água, cevada, arroz e lúpulo na Bud Light e diz que seus golpes em seu rival são apenas um apelo à "transparência" sobre os ingredientes usados ​​na indústria de cerveja. Em uma declaração, a MillerCoors atacou o paradoxo.

"A MillerCoors respeita as informações confidenciais e leva a sério quaisquer alegações contrárias, mas se os ingredientes são secretos, por que [AB InBev] gastou dezenas de milhões de dólares contando ao mundo inteiro o que há na Bud Light?", provoca Adam Collins, vp of communications and community affairs da MillerCoors.

As cutucadas da Bud Light na rival começaram com comerciais no Super Bowl. A MillerCoors respondeu dizendo que Miller Lite e Coors Light usam xarope de milho durante o processo de fermentação, mas que nada disso acaba no produto final.

As informações são do AdAge.

Leia anterior sobre o assunto, aqui.

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