arrow_backVoltar

Mais de US$ 8 mi

O que Djokovic pode perder se insistir em não se vacinar

19.01.22

O sérvio Novak Djokovic corre alguns riscos se continuar insistindo em não se vacinar, fato que o impediu de permanecer em território australiano na semana passada. Sem falar da proteção contra a covid-19 e suas variantes – algo que não se mensura em valores pecuniários –, o tenista pode perder a chance de faturar prêmios milionários em campeonatos pelo mundo. Fora do Aberto da Austrália, que está em disputa neste momento, ele terá de apresentar certificado de vacinação caso queira disputar o tradicional torneio de Roland Garros, em maio.

Além disso, aguarda-se o posicionamento da Lacoste, uma das patrocinadoras do jogador, a respeito do que aconteceu na Austrália. A marca francesa comunicou que iria entrar em contato com o sérvio para discutirem o que se passou. Enquanto o resultado dessa conversa não é conhecido do público, outros patrocinadores do tenista resolveram não alterar a relação que têm com o atleta ou optaram pelo silêncio. Foi o que revelou a Forbes.

Asics, Head, Lemero, NetJets, Peugeot e Ultimate Software Group não responderam à reportagem. O banco austríaco Raiffeisen enviou para a Forbes uma mensagem esclarecendo que o patrocínio foi fechado um bom tempo antes que o mundo soubesse da posição de Djokovic a respeito das vacinas. O contrato está mantido.

A Hublot, por sua vez, declarou para a Associated Press que não comentaria decisões pessoais. Com isso, a parceria com o tenista número 1 do mundo seria preservada.

Cálculos da Forbes indicam que Djokovic faturou US$ 34,5 milhões com patrocínio em 2021, colocando-o em 46º lugar entre os atletas mais bem pagos do mundo. Só o contrato com a Lacoste, firmado em 2017, está estimado em torno de US$ 9 milhões. Como ficariam as marcas se além do Aberto da Austrália, o tenista ficasse de fora de outros torneios estrelados em razão de seu posicionamento?

No domingo 16, o parlamento francês aprovou lei que exige certificado de vacinação para que as pessoas transitem por locais públicos como estádios. Depois, o ministério do esporte avisou que não iria abrir exceções. Ou seja, ficou claro para Djokovic que, sem vacina, não poderá participar de Roland Garros.

Como não é fácil saber o quadro da pandemia no segundo semestre, surge a dúvida sobre a presença do tenista em mais duas competições que compõem o Grand Slam: Wimbledon, em junho, e o Aberto dos EUA, em agosto. A falta de vacinação pode comprometer suas chances de disputar esses campeonatos.

O que ele perderia apenas em relação aos valores dos prêmios dados aos campeões desses torneios? Sem contar com os bônus que o tenista receberia dos patrocinadores, o valor fica em US$ 8,18 milhões. No Aberto da Austrália 2022, o título de simples irá render US$ 2,06 milhões. O campeão de Roland Garros em 2021, o próprio Djokovic, amealhou US$ 1,69 milhão pela conquista. Wimbledon pagou US$ 1,93 milhão (para o sérvio) e os organizadores do Aberto dos EUA destinaram US$ 2,5 milhões ao vencedor, que foi o russo Daniil Medvedev.

Mais de US$ 8 mi

/