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O Espaço é Seu

Coragem (Marcelo Fedrizzi)

18.08.20

Outro dia estava assistindo a uma ótima apresentação da Ana Kuroki, da Mesa Company, na qual ela explicou todo o enorme cuidado que eles têm ao montar a equipe que vai trabalhar em um projeto.

E de como o sucesso de cada mesa depende diretamente da pessoa certa na posição certa.

Muito tempo, pesquisa e reflexão são investidos na definição de alguém com as características exatas para cada função.

Isso me fez refletir sobre quem as empresas, não só as de comunicação, procuram hoje em dia.

Tenho ouvido muito que procuram alguém aberto à inovação e que também seja capaz de fomentá-la.

Alguém com habilidades técnicas consolidadas, mas principalmente com um conjunto de habilidades sociocomportamentais (que palavrinha, hein), rico e em sintonia com as maneiras mais novas de se trabalhar.
Alguém adaptável, e também problematizador, crítico.

Alguém que seja um resolvedor de problemas.

Enfim, o mundo hoje abandona cada vez mais a lógica de práticas sequenciais e estanques e vai atrás de uma mistura de profissionais completamente diferentes mas totalmente complementares, trabalhando de forma orgânica, fluida e colaborativa em um processo iterativo e contínuo.

Mas parece ainda um pouco raro encontrar empresas que aproximem o discurso da prática.

Na hora de contratar, ainda têm medo de quem é crítico, ainda que resolva os problemas.

Muitas delas acabam indo buscar alguém que já fez exatamente aquela tarefa, ao invés de buscarem quem está de fato comprometido com a mudança, mesmo sabendo que o caminho não é fácil e tampouco previsível.

Assim, acabam gerando resultados pouco relevantes, apresentações repletas de palavras com muito efeito e pouco sentido.

Empresas ótimas para ontem, mas não para amanhã.

E não me parece preguiça, parece insegurança mesmo.

Há bons exemplos, mas ainda são poucos.

Porque este é um caminho sem volta, uma situação que já está instalada e crescendo exponencialmente.

Como se pode ver neste artigo do Ricardo Cavallini sobre inteligência artificial (aqui).

Coragem, empresas.

* Obrigado à Flávia Campos pelas contribuições.

Marcelo Fedrizzi - diretor de criação, empreendedor e marceneiro

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