Panela House

Gigante da alimentação, a Nestlé Brasil abriu oficialmente nesta terça-feira, 02, as portas da Panela House, seu espaço de inovação aberta e incubadora de novos modelos de negócios da companhia. Instalado na sede da multinacional, em São Paulo, o lugar foi preparado para receber multistakeholders com o objetivo de cocriar soluções que auxiliem na evolução de um ecossistema alimentar do futuro e regenerativo.

Um hub de inovação já havia sido implementado na Nestlé em 2016. Ele surgiu como uma forma de repensar como se fazia inovação. Uma das conclusões é que não se pode seguir sozinho nesse caminho. Era necessário envolver colaboradores de fora também. “Foram cinco anos aprendendo como uma grande organização se relaciona com startups e scale-ups”, disse Carolina Sevciuc, diretora de transformação digital da companhia.

Em 2020 foi inaugurado o CIT (Centro de Inovação e Tecnologia) da companhia, no Parque Tecnológico de São José dos Campos. No local se encontram mais de 40 startups e mais de 300 empresas, que formam um ecossistema de inovação importante, com o qual convive o time da Nestlé.

No ano passado, foi estruturado o Panela, hub de inovação que fomenta um ecossistema de colaboração interna e externa. A proposta estava em formar uma plataforma que fosse além dos projetos nascidos no eixo Rio – São Paulo. Agora, foi inaugurado o Panela House, que tem a missão de auxiliar no desenvolvimento de empresas nascentes e em operação, oferecendo espaço físico, suporte técnico, gerencial e formação complementar para o empreendedor.

Para isso, o novo espaço irá promover para os parceiros uma programação de eventos, workshops e networking com a comunidade. Os stakeholders terão acesso a serviços e áreas da companhia, como as cozinhas de Receitas Nestlé e Nestlé Professional e o C-Lab, laboratório in house de pesquisas sobre o consumidor.

Segundo a companhia, seu compromisso é pela inovação sistêmica, ou seja, com produção sustentável que permeia o dia a dia da empresa, desde o campo até o desenvolvimento de produtos que levem nutrição e bem-estar, passando pelo cuidado com a natureza. Isso demanda reinventar a maneira como se cultiva, pensar em opções sustentáveis, otimizar processos, entre outras medidas e soluções que podem ser criadas ou aprimoradas em parceria e envolvendo toda a cadeia de valor. Esse posicionamento inclui a parceria com universidades, empresas, centros de pesquisa e entidades, como Embrapa.

“Acreditamos que o futuro é colaborativo e que temos a oportunidade e a responsabilidade de gerar novos negócios de impacto positivo para o ecossistema alimentar. Assim, contamos com a parceria de multistakeholders para seguir evoluindo ideias transformadoras”, afirmou Carolina.

Panela fervendo

Nos últimos três anos, a Nestlé já se conectou com 1800 startups, desenvolveu 150 pilotos e implementou 50 projetos em escala. Agora, para frequentar o novo espaço de inovação, os stakeholders devem estar conectados aos propósitos da companhia no sentido de buscar por sistemas alimentares regenerativos que visam proteger, renovar e restaurar o meio ambiente, além de melhorar a vida dos agricultores e o bem-estar das comunidades em que eles estão inseridos. O cadastro pode ser feito aqui.

Como ressaltou Carol, inovação é mais do que o produto. “Precisamos ir além disso”, reforçou. Esses movimentos em busca do “alimento do futuro” requerem envolvimento de várias áreas, entre elas a jurídica. Mas tudo tem como base o consumidor. “Seis ano atrás, a gente fazia tudo de forma fechada. Mas percebemos que não somos os protagonistas. Somos convidados. O protagonismo está com o consumidor”.

De acordo com ela, entender o que deseja o público não parte de uma solução única. São feitas, por exemplo, pesquisas ad hoc ou são desenvolvidos trabalhos com comunidades. O Data Lab da companhia contém dados de mais de 13 milhões de consumidores. Há até mesmo coleta de informações por meio de cartas que a Nestlé continua recebendo atualmente.