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GPs de Film reconhecem bravura e ousadia
Ao conceder os dois GPs em Film para "The epic split", da sueca Forsman & Bodenfors para Volvo Trucks, e "Sorry, I spent it on myself", da Adam&EveDDB para Harvey Nichols, o júri de Film decidiu reconhecer a "bravura e a ousadia" dos anunciantes em aprovar filmes que além de muito bem criados e produzidos, apresentavam certo risco. "Precisamos mais disso", disse Pete Pavat, um dos jurados, que enalteceram especialmente o filme de Harvey Nichols.
Não é coincidência que o elogio tenha sido feito pelo presidente do júri. Amir Kassaei, detentor do posto neste ano, é CCO global da rede DDB. Em 2012, ele criticou o Cannes Lions publicamente e afirmou que havia jurados defendendo o interesse de suas redes - e não julgando o melhor da criatividade global.
Recentemente, ele reconheceu que o festival promoveu mudanças (leia mais aqui) e aceitou voltar a Cannes como presidente de Film. Curiosamente, seu júri acabou tendo uma peça da DDB entre as mais bem votadas e, portanto, ele não participou das discussões e da votação do trabalho. E evitou comentá-lo (só o fez quando questionado sobre a eficácia da campanha). "Agradeço ao Philip (Thomas, CEO de Cannes Lions) e à organização, porque dois anos atrás eu era um pé no saco e o Philip estava me ligando, querendo me matar", disse Kassaei.
Lições para o Brasil
Rui Branquinho, vice-presidente de criação da Y&R, foi o jurado brasileiro na categoria. Para ele, é preciso levar algumas reflexões para casa a partir do resultado tímido do Brasil (leia aqui).
A primeira diz respeito ao desempenho em 2013. "Não estamos numa evolução, aquilo foi fora da curva", disse, se referindo especificamente ao resultado individual de "Real beauty sketches", da Ogilvy para Dove; "Alma", da F/Nazca S&S para Leica; e "Life Cuts", da AlmapBBDO para Getty Images (confira todos os vencedores de Film do ano passado aqui).
Além disso, Branquinho provocou uma reflexão sobre a abertura do mercado brasileiro a ideias mais ousadas. "Metade do rolo dessa categoria não passaria no Brasil", afirmou. "Há, sim, um problema de produção mas é importante discutir o que o mercado brasileiro aceita."
Por fim, ele critica o Brasil por participar de poucas subcategorias de Film (sendo 'carros' e 'sem fins lucrativos' as duas principais). "Há segmentos de mercado que não estão acostumados a ser bons anunciantes", disse. E isso precisa mudar.