Durante a comissão "O Consumidor com a Palavra", que rolou na tarde da terça-feira (29), no V Congresso da Indústria da Comunicação, discutiu-se o novo cenário gerado pelas inovações tecnológicas destinadas à comunicação, que possibilitam a interação ativa dos usuários com as marcas, e como as empresas devem posicionar-se para manter suas reputações.
O grupo foi liderado por Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, que afirmou que "as mídias sociais não são, somente, plataformas de relacionamento: são poderosas ferramentas de construção de marca, além de ter destacado a importância de compreender quem são estes consumidores e o que eles querem.
Participaram ainda da comissão Sérgio Valente (DM9DDB), Fábio Coelho (Google), Glaucio Binder (Abap-Rio e Binder), Renato Tourinho (Abap-Bahia) e Maurício Vargas (Reclame Aqui).
Valente disse que esta é uma "
revolução social", na qual as pessoas têm seus hábitos e rotinas modificados graças ao avanço da tecnologia.
Para entender melhor que tipo de consumidor é esse, como ele se relaciona com estas novas tecnologias e, principalmente, porque o faz, desenvolvemos estudo que traçou cinco perfis de consumidores: o imerso, que é o que tem parte de sua identidade definida a partir da tecnologia; o ferramentado, que recorre à tecnologia para agilizar suas tarefas, mas não a idolatra; o fascinado, que quer parecer moderno e tecnológico, se identificando com a tecnologia; o emparelhado, que vê a tecnologia como algo essencial para os seus projetos de vida; e o evoluído, que nasceu no universo das máquinas e da tecnologia", contou. Leia mais sobre o estudo
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Para Fábio Coelho, não existem mais os antigos guardiões da marca. As marcas não nos pertencem mais. São das pessoas que fazem uso delas em suas rotinas. Graças à revolução social, trazida pela nova capacidade de estarmos conectados o tempo inteiro, temos mais transparência e informação. Isso influencia, de maneira saudável, o relacionamento entre consumidores e marcas", declarou.
As teses da comissão são: intensificação da importância do uso de metodologias de pesquisa como métrica essencial para avaliação da atuação nas redes sociais; integração das análises quantitativas e qualitativas; avaliação dos reais impactos das manifestações de consumidores nas redes sociais; regulamentação da profissão do pesquisador e analista de redes sociais; implementação de políticas de apoio ao Plano Nacional de Banda Larga no Brasil, e formação de uma comissão que reúna membros dos principais órgãos da comunicação social, que irá estudar a elaboração de um código de ética para atuação nas redes sociais.
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