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Expansão

Starbucks quer dobrar operação no Brasil

23.01.12

A subsidiária brasileira do Starbucks empreendeu uma expansão discreta em 2011, com a abertura de oito novas lojas, totalizando 32 cafeterias no país.


Para este ano, no entanto, as metas da gigante norte-americana para o Brasil são bem mais ambiciosas: a ordem é dobrar a operação local, que chegará a 64 unidades até o fim de 2012, informa o jornal O Estado de S.Paulo.


A decisão de dar o necessário empurrão à filial brasileira - que ainda é semelhante à argentina em número de lojas - veio por duas razões: o apetite do CEO mundial Howard Schultz em abrir novas frentes de crescimento e a falta de concorrência forte no mercado de cafeterias no país. "Houve um período de reorganização interna para garantir o crescimento de maneira rápida e sólida", afirma o diretor-geral do Starbucks Brasil, Ricardo Carvalheira.


A capacidade financeira para crescer rapidamente é um dos trunfos do Starbucks, grupo que faturou US$ 11,7 bilhões no ano fiscal de 2011 e tem US$ 2 bilhões disponíveis em caixa para investir no curto prazo - dinheiro suficiente para abrir mais de mil novas lojas no mundo.


São cifras com as quais as redes de cafeteria nacionais não podem concorrer. O nicho específico do Starbucks é o de lojas amplas, em que o cliente pode tomar um café enquanto lê uma revista ou navega na internet sem fio, mas a maior parte da concorrência local de mesmo nível é formada por operações de pequeno porte, como Suplicy e Santo Grão.


A única empresa do ramo com número relevante de lojas é o Fran’s Café. São 130 unidades, no modelo de franquia, com faturamento anual de aproximadamente R$ 100 milhões.


Para viabilizar sua maior expansão desde que chegou ao país, o Starbucks preocupou-se em adaptar-se à realidade brasileira. A operação já nasceu vendendo pão de queijo, incluiu variedades de brigadeiro ao cardápio e agora começa a vender coxinhas de frango e empadinhas.


Outra medida da companhia foi priorizar as lojas em shopping centers. Das 32 cafeterias Starbucks no país, 23 estão nesses centros comerciais.


A empresa também está buscando abrir em outros nichos, como os dos centros empresariais e dos câmpus universitários. "Starbucks é uma marca que possui fãs como clientes. Pudemos notar que o jovem é um cliente fiel, o que nos levou a investir em uma loja na universidade Anhembi-Morumbi, por exemplo", afirma Carvalheira.


O executivo diz que a ideia é ter lojas em todo o Brasil, mas O Estado apurou que, ao menos por enquanto, a rede vai concentrar a expansão no Rio de Janeiro e em São Paulo, territórios já testados, com posterior avanço para a região Sul.


 

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