Francesc Petit

Quando entrei na DPZ tinha medo do Petit. Ele tinha fama de bravo. Tinha fama de chato. Um dia entrei no elevador da agência com uma camisa assim, digamos, mais colorida, mais estampada. Ele escaneou minha roupa, bufou e me deu as costas. Lição um. Cinco anos depois e muitas histórias ouvidas e vividas, sai da DPZ. Na despedida, o Petit me deu seu livro, autografado e com uma dedicatória gentilíssima agradecendo minha passagem pela agência. Descobri que dentro daquele homenzinho bravo, existia um ser humano de coração imenso, extremamente generoso. E que sua chatice era na verdade uma inquietação, uma impaciência, uma profunda ansiedade por um mundo melhor e mais bonito. Você conseguiu, Petit. Você deixou o nosso mundo melhor. Moltes gràcies.

Carlos Righi - Fulano Filmes