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Aplicativos para uso nos óculos digitais geram discussão
O elemento mais sedutor do iPhone não é seu metal escovado ou sua brilhante tela sensível ao toque, mas sim os aplicativos que transformam o aparelho em qualquer coisa - de uma flauta a uma lanterna. Agora, o Google espera que os apps façam o mesmo com o Google Glass, seus óculos conectados à internet.
Essa semana, a companhia anunciou uma lista de diretrizes para os desenvolvedores de software que queiram criar apps para o Glass.
O Google se mostra mais restritivo em relação aos óculos do que aos seus outros produtos - em particular, o sistema operacional Android. Desta vez, a companhia quer controlar os apps criados.
Analistas dizem que isso ocorre, em grande parte, porque o Google quer apresentar a tecnologia aos poucos ao público, para lidar, nesse primeiro momento, com preocupações como privacidade. "Desenvolvedores são cruciais para o futuro do Glass, e nós estamos comprometidos com a criação de um ecossistema bem-sucedido para eles e para os usuários do Glass", disse Jay Nancarrow, porta-voz do Google.
Para começar, os desenvolvedores não poderão incluir anúncios nos aplicativos, coletar dados de usuários para os anunciantes ou compartilhá-los com agências de publicidade. Eles também não poderão cobrar pelos apps ou por mercadorias virtuais dentro dos apps.
Muitos desenvolvedores esperam que o Google permita que eles algum dia possam vir a vender apps e anúncios. Mas Sarah Rotman Epps, analista da consultoria Forrester, diz que o Google foi inteligente ao limitar a publicidade. "O que nós percebemos é que, quanto mais íntimo o aparelho, mais intrusiva é a publicidade para os consumidores." Ainda assim, ela diz que muitos usuários gostariam de interagir com marcas no Glass, como um banco que mostrasse extratos durante uma compra.
Nesta terça-feira (16), o Google começou a vender os primeiros óculos por US$ 1,5 mil aos desenvolvedores que fizeram cadastro anteriormente. Alguns deles se disseram desapontados com as restrições.
Leia a matéria do New York Times, citada pelo Estadão, na íntegra, aqui.