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Ricardo John e Felipe Cama comentam julgamento
Ricardo John (vp de criação da JWT) e Felipe Cama (vp de criação da Dentsu) presidiram júris na edição de 2012 do El Ojo de Iberoamérica (confira relação completa de brasileiros nos júris aqui).
John orquestrou os jurados das categorias Gráfica e Produção Gráfica. Cama comandou o julgamento da categoria Design, que foi criada em 2011 no festival (confira os GPs das categorias Design e Produção Gráfica aqui).
Ambos aplaudiram uma característica do El Ojo, na avaliação dos trabalhos, que é a de reunir todos os presidentes de júris, aqui em Buenos Aires, para a definição dos Grand Prix. Ou seja, nesta altura do julgamento, todos opinam nos GPs de todas as categorias e não apenas no GP da categoria que comandam. "Isso é muito bacana e enriquecedor", comenta John. "Dá uma visão holística interessante", completa Cama.
Por outro lado, segundo Cama, a primeira fase, feita remotamente e sem qualquer discussão "ao vivo" entre os jurados, deixa uma impressão de que o processo poderia ser mais rico e completo se houvesse um encontro entre todos os que estão avaliando as peças. "Senti falta desse encontro entre todos", comenta Felipe, "mas sei que isso é quase inviável, já que os jurados estão espalhados por diversos países. De qualquer forma, o julgamento foi muito equilibrado e interessante. Enviei algumas diretrizes para todos, via email, e consegui assim que seguissem determinadas condutas para que não houvesse disparidades no processo, ainda mais porque as peças inscritas na categoria Design são em sua maioria de agências de publicidade e não de escritórios de design, e os jurados também são em sua maioria publicitários e não designers, o que me fez pedir a todos um olhar mais abrangente e menos purista, digamos assim".
Já Ricardo John comentou que o GP de Produção Gráfica foi uma unanimidade entre os jurados e se destacou na primeira rodada do julgamento: a campanha "Bandeiras", da JWT Argentina para a revista Mercado, disparou na contagem de pontos, abrindo grande vantagem frente à segunda melhor colocada. "A direção de arte e a tipografia foram muito bem empregadas nesta campanha", comenta John.
Além disso, Ricardo destaca ter visto muitos trabalhos abusando do 3D e das ilustrações e sentiu falta de textos. "Do Brasil vieram muitos trabalhos usando 3D. Um exagero. Também foram inscritos muitos trabalhos com foco em causas sociais". E ele competa: "De qualquer forma, o shortlist de Gráfica está muito consistente e reúne cerca de 15% das peças inscritas. Foi interessante ver a qualidade cada vez maior dos trabalhos argentinos em Gráfica. Havia muitas peças que os jurados comentavam achar que eram brasileiras, pela qualidade, mas que na verdade eram argentinas".