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O toque único de Milton Glaser na reta final da série
Na série de TV "Mad Men", um dos dispositivos dramáticos centrais é a reunião com o cliente. Em uma manhã recente, num escritório instalado em uma casa geminada, em Manhattan, a realidade acompanhava de perto os passos da ficção.
O cliente sentado na sala de reunião, esperando seu publicitário da vida real, era o criador do programa, Matthew Weiner. E o publicitário não era só mais um sujeito brilhante e criativo do departamento de arte. Era Milton Glaser, que criou o onipresente logotipo "I [coração] NY", e ajudou a forjar a imagem publicitária sofisticada e exuberante do final da década de 1960, época que "Mad Men" atravessa agora. Seu trabalho para divulgar a nova temporada da série aparecerá em ônibus e mídia exterior, em todo o território dos EUA.
Glaser, 84, poderia facilmente ser um personagem da série, um mestre zen do departamento de criação, desses que já viram de tudo. "Eu poderia ter entrado pela porta daquela firma", disse ele sobre a fictícia agência Sterling Cooper & Partners. "Eu conhecia aquela gente."
Ele ainda dirige uma pequena agência, que nos últimos anos desenhou capas para a revista "The Nation" e o logotipo e cartazes para "Angels in America", de Tony Kushner.
Quando a equipe promocional de "Mad Men" começou a pensar em uma estética publicitária para os dois anos finais da série, "me apaixonei pela ideia de que poderíamos, de certa forma, amarrá-lo [Glaser] à narrativa do programa", disse Matthew Weiner.
O cartaz e os anúncios que ele criou poderiam ser vistos como uma "reapropriação" do seu passado, uma desgrenhada explosão de cores, flores e curvas art nouveau, sobre a qual se vê a familiar silhueta da parte de trás da cabeça de Don Draper, com seu braço estendido sobre uma cadeira e um cigarro na mão (leia e veja aqui).
"Há um caráter onírico nisso que, acredite ou não, está relacionado ao programa, e não por ser psicodélico", disse Weiner. "Não tem nada a ver com isso. Tem a ver com o mundo material e imaterial, e foi isso que eu adorei."
Glaser, que trabalha em uma surrada escrivaninha parecida com um cavalete, desenhou à mão as imagens para os anúncios, algo que ele não faz atualmente tanto quanto costumava.
Leia matéria do The New York Times, citada pela Folha, na íntegra, aqui.