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Máquinas x Humanos (Theo Rocha)
Sempre ouvi dizer que as máquinas iam dominar o mundo. Mas na minha cabeça isso era uma coisa de filme de ficção.
O Exterminador do Futuro, Matrix e vários outros filmes mostraram a guerra entre humanos e máquinas, onde nós, humanos indefesos, diante da frieza da máquinas, sempre acabávamos dominados e subjugados.
A verdade é que esse futuro já chegou, mas, como muitas vezes acontece em previsões sobre o futuro, chegou um pouquinho diferente do que nós imaginávamos. As máquinas do nosso futuro são como nós, têm coração, estômago, cérebro etc. Parece que são humanos, mas não são. Eles se parecem com você, mas não se engane, eles são diferentes. Eles estão por toda parte. São atendentes de telemarketing, seguranças de prédios comerciais, recepcionistas, gerentes de concessionárias etc.
Na sua grande maioria, eles trabalham por telefone e quase sempre para uma grande corporação. São pessoas programadas para responder automaticamente, sem emoção e sem diferenciar situações e/ou pessoas. Atendem de forma padronizada e sabem apenas o número do assinante, o número do sinistro, o número do registro, o número do protocolo e vários outros tipos de números.
Eles são frios, impessoais, não mudam o tom de voz e não se alteram diante da sua raiva, do seu desespero ou mesmo da sua agressão.
Essa nova categoria de cyborgs não são iguais a você ou a mim, eles abdicaram da capacidade de pensar, de sentir e de reagir a uma situação. São mais parecidos com personagens do Matrix, que simplesmente baixam um software de um conhecimento específico qualquer em seus cérebros e ignoram por completo que em um passado distante já foram que nem nós, seres humanos.
Só uma máquina pode ouvir o seu desespero de estar explicando pela décima vez o motivo da sua reclamação e lhe dizer com um sorriso no rosto senhor, nós estamos sem sistema no momento e o senhor terá de retornar mais tarde. Mais tarde quando??? Eu estou no meio de uma estrada deserta. Meu carro quebrou e eu paguei o meu seguro em dia.
Que ser humano é capaz de ouvir meia hora de berros enfurecidos do outro lado da linha e terminar a ligação dizendo a nossa empresa agradece a sua ligação? Como assim, agradece a minha ligação??? Eu acabei de xingar três gerações da sua família e você agradece a minha ligação??? E então eles dizem posso ajudá-lo em mais alguma coisa, senhor?
Será que não era desses robôs que os filmes de ficção estavam falando? Será que as previsões de um futuro negro dominado por corporações e seus robôs já não estão acontecendo? Será que já estamos em guerra contra as máquinas?
Eu não sei de você, mas eu estou em guerra. E meus inimigos são os robôs. Precisamos nos unir e lutar para preservar a nossa espécie. Chegou a hora! Humanos, uni-vos!
THEO ROCHA [theo@santaclaranitro.com]
Comentários
gleice - Ótimo texto! Fantástico! Genial! Perfeito como o seu trabalho! Posso te mostrar a pasta?
Fernando Fernandes - Sensacional Théo. Gostaria de saber qual 0800 te levou a escrever um texto tão bom.
tiago - Cara, você me deixou bastante confuso. Esclareça melhor: onde o Robocop se encaixa nesse contexto? Homem ou máquina? Brincadeira! Curti bastante o texto! Parabéns!
claudio - O pior são as secretárias dos diretores de criação. Você pode ser irmão, noiva ou proctologosta do cara, mas não vai conseguir mostrar a pasta nunca. Desista. Mais fácil mostrar a pasta para o Arnold Schwarzenegger.
Gonça - A nanotecnologia avança e talvez uma injeção de rebeldia em micro-cápsulas possa salvar essas pobres máquinas da ferrugem. Let's get dance!
Tomate - @tiago Cara, o Robocop encaixa-se no mesmo contexto do rapazinho de I.A. Que não é o mesmo do Homem Bicentenário, não confunda! Certo?