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Classe C está gastando +
A classe C, considerada a nova classe média, aumentou sua capacidade de consumo de a forma a se aproximar dos grupos de maior renda, mas com um grau de endividamento que a faz muito mais semelhante à classe D.
Essa é uma das conclusões de estudo coordenado pelos cientistas políticos Amaury de Souza e Bolívar Lamounier e patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com dados do IBGE e de uma pesquisa exclusiva do Ibope com 2 mil pessoas em 5 cidades.
O livro que resultou do trabalho, "A Classe Média Brasileira", está sendo lançado esta semana em São Paulo.
De acordo com o estudo, a nova classe média brasileira representa hoje entre 30% e 50% da população, dependendo do tipo de medição. Essa última projeção inclui famílias com renda entre R$ 1.115 e R$ 4.807 mensais, a principal faixa avaliada pela pesquisa.
A estimativa é que haja no mundo 400 milhões de pessoas na chamada "classe média global". Calcula-se que em 20 anos o número poderá saltar para 2 bilhões.
Entre os entrevistados, 93% afirmaram que "ter um padrão de vida estável" era o que definia pertencer à classe média; a segunda condição era "ter casa própria".
O porcentual de famílias que têm casa própria na classe C já é bem próximo ao das classes A/B. Enquanto na primeira é de 79%; entre os mais ricos é de 83%.
No caso de automóvel, a diferença já é maior: 92% dos entrevistados de classe A/B tem carro, mas a proporção cai para 55% na classe C.
Dos que não tem imóveis, mais da metade, 56%, tem a intenção de adquirir a casa própria nos próximos 12 meses. Também mais da metade pretende comprar eletrodomésticos (53%) e móveis (51%).
"O que a classe C está copiando das classes de maior renda é o aumento de consumo. Mas ela faz isso recorrendo sobretudo ao crédito", afirma Amaury de Souza.
Leia a matéria do jornal O Estado de S.Paulo na íntegra aqui.