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Sai acordo para socorrer montadoras
A Casa Branca e os congressistas ainda dão os retoques finais no plano para socorrer as montadoras, mas já chegaram a um "acordo de princípios", segundo afirmou no final da terça-feira, 9, um graduado representante do governo. "Achamos que as questões conceituais foram resolvidas", disse o representante. "Chegamos a um projeto muito forte", acrescentou
De acordo com essa fonte, porém, o texto do projeto ainda está em discussão entre a Casa Branca e o Congresso, que é controlado pelos democratas. Ele reconheceu que o governo terá de convencer congressistas republicanos ainda céticos quanto aos méritos do projeto. Para isso, o chefe de gabinete da Casa Branca, Josh Bolten, irá nesta quarta-feira, 10, ao Congresso, onde defenderá o projeto perante os republicanos. A Câmara dos Representantes deve votar o texto já nesta quarta-feira, depois de reunião entre a liderança da Casa e a cúpula democrata.
Problemas podem surgir no Senado, onde os republicanos podem colocar algum obstáculo que precisaria de 60 dos 100 votos do Casa para ser derrubado.
A intenção é fornecer empréstimos a juros baixos às montadoras, em uma tentativa de evitar um colapso da indústria caso uma ou mais das três grandes empresas de Detroit venham a falir.
General Motors (GM), Chrysler e Ford haviam pedido ajuda de US$ 34 bilhões. O projeto deve conceder US$ 15 bilhões em empréstimos.
Além de fornecer empréstimos, a proposta forçará as montadoras a responderem a um fiscal apontado pelo governo -- chamado de "czar" dos veículos -- e fará do governo o maior acionista das empresas.
O "czar" terá poderes para desenhar uma reestruturação das empresas.
Um impasse é o artigo que proíbe as montadoras de contestar na Justiça controles mais rigorosos que venham a ser estabelecidos pelos Estados sobre a emissão de poluentes. O governo se opõe a proposta dos democratas de forçar as montadoras a recuar nos processos contra a Califórnia e outros Estados que procuram reduzir as emissões de gases dos veículos.
A Casa Branca diz que o artigo pode impedir a aprovação do projeto no Senado. Corrente mais progressista do Partido Democrata na Câmara dos Representantes ameaça uma rebelião. Esses deputados rechaçam a idéia de que as montadoras possam receber ajuda do governo e ao mesmo tempo combater judicialmente as leis ambientais.
"Entendo que será alcançado um acordo", disse o senador democrata Carl Levin, de Michigan. Ele admitiu, no entanto, que será necessário um grande esforço para aprovar o projeto, particularmente no Senado, onde, como já dissemos, são necessários 60 votos.
O governo parece satisfeito com o restante do texto, particularmente com a garantia de que os recursos serão colocados à disposição apenas das montadoras que provarem sua capacidade de sobrevivência no longo prazo. Para continuar com os recursos do empréstimo-ponte ou serem elegíveis para empréstimos adicionais, as empresas precisarão provar que têm um valor presente positivo, levando em conta todos os custos atuais e futuros.
Leia matéria do Estadão aqui. Leia matéria do Portal Exame aqui.