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Electrolux acusa Mabe
Nos últimos meses, a Electrolux vem atacando a Mabe (dona das marcas GE e Dako) em duas frentes: primeiro, acusou a concorrente de piratear seus produtos. Depois, foi ao Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) e acusou a Mabe de fazer propaganda enganosa.
"Parece despeito", diz Patrício Mendizábal, presidente da Mabe para o Mercosul. "Estamos crescendo, incomodando e por isso eles tentam nos desqualificar."
Por trás do clima belicoso entre os fabricantes mundiais de fogões, geladeiras e máquinas de lavar, há um mercado que movimenta cerca de R$ 9 bilhões por ano, no Brasil.
Atualmente, o setor é dominado por três grandes multinacionais. A líder, com aproximadamente 35% de participação, é a norte-americana Whirpool, dona das marcas Brastemp e Consul. A sueca Electrolux tem cerca de 20%. A Mabe, mexicana, tem 16%. Essa contabilidade é feita informalmente pelos próprios fabricantes. De acordo com executivos desse segmento, como eles não confiam uns nos outros, não divulgam seus números oficiais. Nem a Eletros, entidade que representa o setor, consegue essas informações.
A ofensiva jurídica da Electrolux começou em setembro, quando seus advogados enviaram à direção da Mabe duas notificações extrajudiciais acusando a rival de pirataria.
Segundo as notificações, duas linhas de fogões - uma da marca Mabe e outra da Dako - copiaram o painel frontal de projetos patenteados pela Electrolux.
No mês seguinte, a Electrolux enviou ao Conar uma reclamação formal contra campanha publicitária em que a Mabe declara ter a melhor lavadora do mercado. De acordo com a representação, quando afirma isso a Mabe faz "propaganda enganosa, levando a equívoco o consumidor", porque "na verdade, as lavadoras da Electrolux são melhores".
Na representação, a Electrolux pedia a suspensão imediata da propaganda da concorrente - suspensão que foi negada pelo Conar.
Mendizábal, o presidente da Mabe, nega as acusações de pirataria e de propaganda enganosa. "Temos desenhos próprios, não precisamos copiar de ninguém", afirma ele. "A Electrolux pode até dizer que a lavadora dela é melhor, mas não pode nos impedir de dizer a mesma coisa do nosso produto."
Procurada, a Electrolux não quis se manifestar.
Como o setor de eletrodomésticos depende fortemente das vendas à prazo, espera-se uma queda razoável no primeiro semestre de 2009 em função da crise econômica mundial e da alta do dólar - que deverá afetar os preços. Esses são fatores que atingem todos os fabricantes, mas há uma outra situação que envolve diretamente a Electrolux e a Mabe. Neste momento, a Mabe mundial negocia a compra da linha branca da GE nos EUA. E os suecos da Electrolux são os principais adversários dos mexicanos nesse projeto.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, na íntegra aqui.
Comentários
Tomás - Sem falar que o pack shot dos filmes da Mabe copia os da Brastemp.