Na Holanda

Watt, discoteca localizada em Roterdã (Holanda) reabre suas portas nesta quinta-feira (04) se apresentando como a casa noturna "mais verde do mundo".

Os proprietários dizem que a casa é a primeira a seguir todos os critérios estabelecidos pelo Sustainable Dance Club (SDC), conceito criado na Holanda há dois anos para estimular discotecas a utilizar fontes alternativas de energia.

Os próprios freqüentadores serão a principal matriz energética da danceteria, segundo os criadores do espaço.

A energia será captada por sensores instalados por baixo da pista e convertida para alimentar a iluminação do ambiente.

Ao dançar na pista, uma pessoa pode produzir de 5 a 10 watts, dependendo de seu peso.

Os movimentos são registrados por mecatrônicos que exibem um gráfico de energia que ficará à mostra, servindo de estímulo para os freqüentadores. Quanto mais energicamente se dança, mais energia pode ser gerada.

Nos banheiros, água da chuva, coletada por caixas instaladas no teto, escorre por tubos transparentes até o vaso sanitário. Dali, segue para ser purificada em tanques no subsolo.

O estabelecimento espera economizar cerca de 1.000m³ de água por ano, o que equivale ao necessário para encher uma piscina e meia.

No bar, os conceitos de sustentabilidade também estão presentes: lá se encontram comidas e bebidas orgânicas.

Os funcionários vestem uniformes fornecidos por empresas escolhidas pelo seu currículo de respeito ao meio-ambiente.

Com a adoção dos novos padrões, a Watt espera gastar 50% menos energia do que os clubes não-sustentáveis do mesmo porte e reduzir suas emissões de CO2 em 30%.

O objetivo final dos critérios estabelecidos pelo SDC é a redução do consumo de energia elétrica, água, produção de lixo e a utilização de materiais recicláveis e sustentáveis.

Toda a estrutura tecnológica instalada na Watt foi criada pelas universidades de Tilburg e Eindhoven, além de empresas associadas.

A assessoria da SDC informa que donos de casas noturnas no Brasil, Grã-Bretanha, Portugal e EUA estão em contato com o projeto para estudar a viabilidade de se construir danceterias auto-sustentáveis em seus países.

Com informações da BBC Brasil.