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O espaço é seu

Young Lions Brasil. A regra é clara?

05.05.10

Escrevo porque fiquei indignado com uma nova regra do Young Lions Brasil, absurda, na minha concepção:


“B) É possível também inscrever-se em competições semelhantes de outros países e no Brasil, desde que, no momento da inscrição em nosso programa, o candidato esteja trabalhando no Brasil


Apesar de confuso, o parágrafo mudou a regra depois de 15 anos de existência do programa. Agora, só quem mora no Brasil pode participar do Young Lions.


Todos nós aqui temos amigos brasileiros ralando pra caramba em agências lá fora. Eles têm tanto direito de representar o país quanto os que aqui estão.


Fiz parte da delegação de 2008. Consultando colegas de outras turmas, ninguém foi ao menos comunicado. A nova regra pegou todo mundo de surpresa. Ora, já que fazemos parte do processo de seleção pelo resto de nossas vidas, o mínimo que a organização poderia ter feito era ter levantado um debate sobre o tema.


Creio que a medida, autoritária, cômoda e burra, ocorreu em razão da polêmica envolvendo a delegação do ano passado.


Em primeiro lugar, para quem costuma chorar demais: a dupla brasileira que atua na Alemanha foi Young com o pé nas costas. Resultado justíssimo pelo trabalho apresentado.


Se eles se inscreveram no Young da Alemanha também, é outra história.


Mas impedir quem trabalha fora do país não é, nem de longe, a melhor maneira de evitar esse tipo de polêmica.


Ao meu ver, melhor seria uma carta de próprio punho, em que o candidato se comprometeria a se inscrever somente no Young Lions Brasil.


Se fosse um dos selecionados para o short-list, a organização daqui deveria entrar em contato com a organização do país atual do candidato para averiguar se ele, realmente, não se inscreveu por lá.


No caso de malandragem, ele ficaria impedido de participar do Young Lions Brasil para sempre.


Dá mais trabalho? Dá. É mais justo? Deixo a resposta a seu critério.


Fazendo uma comparação burra, imagine se o Dunga deixasse de convocar os jogadores que atuam fora do país? Haja Ganso e Neymar para montar um time competitivo.


Tal regra é autoritária e descabida. A vitória dos eternos chorões.


Pode, Arnaldo?


Raphael Quatrocci
Redator da Santa Clara


Leia outro texto sobre o assunto aqui.

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