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Duchamp no MAM. Vai perder?
Os 60 anos do MAM e os 40 anos da morte de Marcel Duchamp (1887-1968) são comemorados com a maior mostra do artista já realizada na América Latina.
Seria de Duchamp a curadoria da primeira exposição do MAM, uma mostra coletiva, se tivesse sido realizado projeto enviado por ele a Ciccillo Matarazzo, por correio, em 1948. A exposição marcaria a abertura da instituição. Matéria da revista Bravo conta que a mostra nunca foi montada porque um dos organizadores do evento fugiu com o dinheiro destinado ao transporte das obras.
A carta com o projeto é exibida na exposição, trazida ao Brasil em parceria com a Fundação Proa, de Buenos Aires.
Marcel Duchamp: Uma Obra que não é uma Obra de Arte reúne obras-primas como Porta-Garrafas, Roda de Bicicleta, O Grande Vidro, Fonte, L.H.O.O.Q., além de Caixa-Valise e Etant Donnés.
Duchamp flertou com o cubismo e o futurismo, antecipou os dadaístas e inspirou os surrealistas.
Em 1915, em meio à I Guerra Mundial, Duchamp mudou-se de Paris para Nova York.
O artista transportou elementos da vida cotidiana, não reconhecidos como artísticos, para o campo das artes.
Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte, batizadas de ready-made, questionando conceitos e o conforto intelectual.
Assim, ele transformou em arte uma roda de bicileta, colocada de cabeça para baixo sobre um banco, e expôs um urinol, provavelmente por 'lembrar as formas femininas'.
A mostra reúne cerca de 120 peças, muitas delas nunca exibidas no Brasil.
Há réplicas na exposição, como uma 'reconstrução' de "La mariée mise a nu par ses célibataires, même", cujo "original" não pode ser deslocado do Museu de Arte da Filadélfia porque o vidro está quebrado e se desmancharia no transporte.
Mas a cópia como original e a reprodutibilidade foram cernes da produção do artista e são pontos cruciais da mostra.
Duchamp ganhou quantias irrisórias por seus quadros, deu a maioria de presente e viveu sempre modestamente,
A curadoria é de Elena Filipovic, co-curadora da Bienal de Berlim e especializada na obra do artista.
Complementando a mostra, a Sala Paulo Figueiredo recebe "Duchamp-me", com obras de artistas brasileiros inspirados no franco-americano e curadoria de Felipe Chaimovich.
Em novembro, a exposição segue para Buenos Aires.
Espie breve mostra virtual produzida pela revista Bravo aqui.
mam
Parque do Ibirapuera
Telefone: 11 5085-1300
De terça a domingo das 10:00 às 18:00 horas
Entrada: R$ 5,00 e franca aos domingos
De 17 de julho a 21 de setembro de 2008