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No avião

Mídia envolve até tripulação

13.05.09

Logo após o serviço de bordo, enquanto se ajeita nas poltronas da ponte aérea Rio-São Paulo, da Gol, o passageiro é surpreendido por uma propaganda a 38 mil pés de altitude: "Senhoras e senhores, a Dell computadores gostaria de lhes desejar um ótimo voo. Para isso, preparou ofertas exclusivas para você, cliente Gol: o recém-lançado Inspiron Mini, o netbook de nove polegadas que já vem com modem 3G integrado e pesa cerca de um quilo, e o Adamo, o notebook 'ultra slim', o mais fino do mercado! Confira hoje mesmo estas e outras ofertas exclusivamente no site www.dell.com.br/gol e tenha uma excelente viagem!"


O texto tem sido repetido pelos comissários em dez voos diários da companhia na ponte Rio-São Paulo desde abril até o próximo dia 17.


Antes da 'propaganda' no alto falante, a marca da Dell é anunciada nas bandejas dos passageiros.


Ao fim da viagem, a equipe de bordo se despede distribuindo folders em tamanho real dos computadores da fabricante (desperdício?).


Esse é um exemplo de ação cada vez mais comum em pleno voo: a participação da tripulação das duas maiores empresas aéreas do país - TAM e Gol - nas campanhas a bordo, algo que vai além dos tradicionais adesivos de bandeja, dos anúncios no encosto de cabeça ou da propaganda grudada na janelinha, já realizados há mais tempo.


Para os anunciantes, é uma chance de garantir atenção cativa e altamente qualificada, uma vez que a maior parte do público pertence às classes A e B. Já as companhias aéreas conseguem uma receita adicional que, embora incipiente, vem crescendo.


A Gol, por exemplo, arrecadou R$ 3,3 milhões em 2008 com a venda de espaços publicitários nas aeronaves e com ações de marketing que têm a participação da sua tripulação.


O montante, segundo Carlos Koga, sócio da agência Elipse, responsável pelo programa "Mídia on board" da Gol, é cerca de cinco vezes maior que o resultado de 2007, quando o acidente com o avião da TAM prejudicou os negócios. "Este ano, nossa meta é crescer 20%", afirma Koga.


Mas Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços da Gol, afirma que, mais do que gerar receita, o objetivo de transformar a aeronave em mídia é oferecer "entretenimento" aos passageiros. "Especialmente quando envolvem sorteios e distribuição de amostras, são ações simpáticas", diz Gargioni. Em 2008, a Gol realizou 47 ações de marketing dentro das suas aeronaves, contra 28 de 2007.


Já a TAM espera que a receita com esse tipo de iniciativa compense parte dos gastos que a companhia tem com entretenimento a bordo - que envolvem, por exemplo, a compra de conteúdo para TV e a produção dos veículos impressos.


"Conseguimos uma amortização interessante, mas não a cobertura total dos gastos", diz Manoela Amaro, diretora de marketing da TAM, que não revela quanto obtém com as ações.


As informações são do Valor Econômico. Leia a matéria na íntegra aqui.


Comentários

Eduardo - Todo mundo vai estar muuuito receptivo a uma mensagem de venda explicita destas, realmente. Grande idéia.


Edu -  Essa mídia não é inedita, eu mesmo ja fiz textos para esse fim ha uns 3 anos.


Alexandre Oliveira -  Oferecer brindes eu até concordo. Mas agora ficar falando de um produto e dando folders (imensos) no avião acho muito incomodo. Quando estou no avião não fico muito receptivo para ficar ouvindo sobre um produto. Utilizar a midia on board é muito interessante, mas acredito que essa da Gol não foi legal...


Daniel Martinelli - Bom saber que na próxima viagem eu levo meu tapa ouvidos! Pô, não conseguir fugir de propaganda chata, antiquada e empurrada nem a 38.000 pés de altitude é f...!


Ricardo Medici -  Acho que a publicidade pode ser mais criativa. Ouvir isso num aviao nao é lá mto agradavel, nada criativo e sem apelo de venda algum... pode até ser um bom nicho de mercado para as empresas envolvidas, mas na minha opiniao de consumidor e de quem trabalha com criação, é péssima...


 

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