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Crise reduz interesse por madeira certificada
As empresas brasileiras que apostaram na certificação florestal para exportar madeira estão enfrentando dificuldades para vender para Europa e EUA.
Com a crise econômica, os maiores compradores do produto com selo verde - que atesta que a madeira foi extraída de maneira controlada - estão preferindo o produto sem certificação, que pode custar até 20% menos.
O Grupo Orsa, que atua nos setores de celulose e produtos florestais, não consegue desovar os estoques de madeira extraída de suas reservas no Pará, onde mantém 545 mil hectares certificados com o selo do FSC (Conselho de Manejo Florestal, na sigla em inglês). Os estoques chegam a dois meses de madeira serrada - há um ano, não passavam de dois dias.
Como a demanda por produto com certificação é voluntária, clientes que antes exigiam a garantia de origem hoje estão optando pelo produto sem selo.
Outra empresa que viu seus estoques aumentarem em 60% foi a Precious Woods Brasil, companhia de origem suíça que possui 450 mil hectares certificados na Amazônia.
A centenária Butzke, fabricante de móveis certificados de Timbó (SC), também vem enfrentando retração na demanda externa. "Desde setembro não conseguimos fechar mais nenhum negócio nos EUA. As únicas encomendas para clientes americanos estão previstas para março", diz Michel Otte, diretor da Butzke, que vende para redes como Wal-Mart e Home Depot.
Atualmente o Brasil possui 5 milhões de hectares certificados com o selo FSC. Só a cadeia de madeira certificada envolve 1,2 milhão de pessoas - muitas delas vivem em comunidades no interior das florestas e buscaram a certificação para atender um nicho de mercado.
Com O Estado de S.Paulo, na íntegra aqui.