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Globo no celular e em mini TV portátil, este ano
A Rede Globo de Televisão realizou evento na capital paulista na manhã e início de tarde desta quarta-feira, 26, para apresentar novidades para 2008, que envolvem tanto a grade de programação quanto a atuação em novas plataformas.
Segundo o diretor geral da emissora, Octávio Florisbal, a Globo dispõe de pesquisa indicando que 60% dos usuários de telefone celular têm interesse em comprar um novo aparelho, pagando até R$ 1,6 mil, equipado com dispositivo de TV móvel que lhes permita assistir a programas de televisão aberta em qualquer lugar em que estiverem, em tempo real. A Globo, então, pretende oferecer esse serviço no Brasil já no segundo semestre deste ano. Para tanto, a emissora quer que o usuário de telefone celular não pague um tostão a mais por esse serviço, seja para a própria Globo ou para as operadoras de telefonia.
Segundo Luiz Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, a TV grátis pelo celular deverá ser oferecida como valor agregado pelos fabricantes dos aparelhos e pelas operadoras na conquista de clientes. Mas, segundo Erlanger, aquelas pessoas que quiserem assistir no celular a alguma cena que já foi exibida ou seja, algo que não esteja sendo exibido naquele exato momento precisarão fazer o download das imagens junto à operadora, pagando por isso. Hoje, 95% da receita de TV on demand na Europa envolve imagens de gols em partidas de futebol, disse o diretor da CGCom.
O evento também serviu para a apresentação do novo logotipo da emissora, criado por Hans Donner (veja foto). Na verdade, pouca coisa mudou no símbolo da emissora. Segundo Donner, houve uma 'suavizada' na parte de cor platina, e a divisão do fundo colorido da parte interna do logo foi mais cromatizada.
Programação
Florisbal foi o âncora do evento, que contou com apresentações de Anco Saraiva, diretor da Central Globo de Marketing; Fernando Bittencourt, diretor da Central Globo de Engenharia; Carlos Henrique Schroder, diretor da Central Globo de Jornalismo, Hans Donner, diretor de arte e designer da emissora há 35 anos; e Roberto Buzzoni, diretor da Central Globo de Programação.
Buzzoni apresentou um panorama geral de como a grade de programação irá funcionar neste ano. Adotamos o sistema de quatro temporadas por ano, afirmou. Ele conta que a primeira temporada teve início em janeiro e termina nesta sexta-feira, dia 28, envolvendo a realização do reality show Big Brother Brasil, a apresentação de uma minissérie de peso (nesse ano, Queridos Amigos, que termina na sexta), reforço em seriados e algumas reapresentações de programas da área de shows, como Som Brasil e Por Toda a Minha Vida, que dramatiza a vida de 'celebridades' já mortas.
A segunda temporada, que tem início no dia 31 deste mês, vai até julho e envolverá algumas novidades. Xuxa deixará definitivamente a grade diária da Globo, onde tinha programa durante as manhãs, para ter apenas um programa semanal, aos sábados, que deve estrear em maio ou junho. Na linha de shows, entram no ar a partir da próxima semana com temporadas fixas as atrações Casos e Acasos, Dicas de um Sedutor, Faça sua História e Guerra e Paz. Destaca-se ainda a volta do Globo Repórter, que em 2008 completa 35 anos no ar e teve cenário e formato repaginados. No dia 26 de abril, data em que a Globo celebra seu aniversário, entra no ar o novo SPTV.
Em agosto começa a terceira temporada de programação da Globo para 2008, que será marcada principalmente pela cobertura dos Jogos Olímpicos de Pequim e pela entrada no ar do Horário Eleitoral Gratuito, fatos que exigirão grande movimentação na grade.
A quarta temporada do ano começa em setembro e vai até 31 de dezembro, mas seus detalhes não foram revelados.
A emissora anunciou ainda que a série "A Grande Família" passa a ser transmitida em alta definição.
Faturamento comercial
A TV Globo pretende ter um faturamento comercial crescendo na mesma medida que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008, o que deve significar algo em torno de 8%. Florisbal disse que ele e os demais executivos da casa estão confiantes no mercado publicitário, neste ano.
Para Florisbal, 2008 será um divisor de águas para a televisão aberta nacional, que está entre os cinco maiores mercados de televisão aberta do mundo. A aposta é que o meio cresça ainda mais com a convergência de plataformas, principalmente com novas tecnologias que permitam TV no celular e em mini aparelhos portáteis.
Da Globo para GNT e Multishow
Durante o envento desta quarta-feira Octávio Florisbal revelou ainda que parte da programação da TV Globo começa a migrar para a plataforma das Organizações Globo na televisão por assinatura, especialmente em canais da Globosat, como GNT, Multishow e Canal Brasil. "Estamos dando início a um laboratório para produzir programas para TV paga", afirmou.
Entre as novidades nesse sentido estão edições semanais de programas do Jô Soares (Programa do Jô) no GNT e de Serginho Groissman (Altas Horas) na grade do Multishow aos finais de semana. O Jô exibirá aos sábados uma edição composta de trechos das melhores entrevistas da semana, enquanto Altas Horas será reprisado na TV paga aos domingos. Além de Altas Horas, o Multishow também passará a exibir edições do Som Brasil, o seriado Os Normais e edições especiais de quadros do Fantástico.
Audiência
Segundo Anco Saraiva, no Brasil todo, os 30 programas mais vistos na TV são da Globo, tanto por região como por horário. "Nas 24 horas do dia, só há concorrência para a Globo em programas que ficam abaixo de 10 pontos", disse. "Aí, sim, não somos competitivos", brincou.
Saraiva declarou ainda que, na média, em todos os Estados brasileiros, a Globo só não lidera entre os aparelhos de TV ligados em menos de 1% da programação. E arrematou: "A Globo tem até quatro vezes o Ibope da segunda colocada, dependendo do dia e do horário. E essa diferença nunca é menor do que 40%".