SPFW 2008

O Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar eventual prática de racismo nos desfiles da São Paulo Fashion Week.

O ponto de partida da apuração são levantamentos publicados pela Folha, nos dias 17 e 18. Nesses dias, passaram pelas passarelas 344 modelos, só oito negros, ou 2,3% do total.

Durante todo o evento, só 28 dos 1.128 modelos eram negros, ou 2,5%.

Dados do IBGE de 2006 dão conta de que 6,9% da população brasileira se declaram negros, 42,6% dizem ser pardos e 49,7% consideram-se brancos.

As promotoras Érika Pucci da Costa Leal e Cláudia Maria Beré, do Grupo de Atuação Especial de Inclusão Social do Ministério Público, justificam a investigação por considerarem que é "necessário o combate à prática de todas as formas de discriminação, mais ainda quando ocorrem em eventos da magnitude e repercussão da SPFW".

Com informações da Folha Online.

Comentários

carlos pena - negro - pra começar, acho desde já uma aberração só ser negro quem se admite negro, isso, por si só, pra mim, que sou negão tição de 1,90m e palma branca, constitui uma discriminação velada. E ainda abre um precedente, dos piores: alimenta a auto-discriminação. O cara é negro, mas quer se dizer moreno, mulato, por "vergonha", coisa do tipo daquela filha do tal Antena da novela. Aiai, sei não.

Will - Racismo é diferenciar as modelos pela cor de sua pele querendo forçar uma obrigatoriedade de porcentagem de cada cútis! Racismo é ficar contando quantos negros passavam contra quantos brancos! Alguém contou loiras X ruivas pra ver se batia com a "perfeição" do IBGE?

marcos ham - Sou negro e diretor de arte. Sou o unico negro na agencia. Sera que ha racismo? Sou contra o Ministerio Publico entrar com essa acao. A funcao do Estado e subsidiar as iniciativas da sociedade, ou seja, ajudar com o SPFW, e nao processa-lo. Mais uma acao que chamo de perfumaria.