A pergunta que não quer calar

"Caro Mantovani,
Você ainda pode se sentir um privilegiado. Ao menos as campanhas de varejo da terra da garoa são, ainda que duvidosamente, criativas e bem produzidas. Paulistano que sou, atualmente vivo e trabalho em Brasília e a coisa aqui é de dar medo. Medo no consumidor, mesmo. Temos aqui uma rede intitulada Super Maia, cujo locutor ao pronunciar a marca, na assinatura, dá a entender que o filme é da década de quarenta (com a mais porca produção e as mais esdrúxulas idéias 'criativas'). Esse é o Suuuuper Maia. Outra rede daqui é uma tal de Big Box. Seus comerciais são estrelados por dois peixinhos (que meigo!!). Vira e mexe eles aparecem com motes situacionais, como por exemplo as Olimpíadas, onde os peixes (um é o Big e o outro é o Box) faziam coreografias de nado sincronizado e, na hora de receber as notas, apresentavam os preços. Detalhe: como os preços eram muito baixos os peixes ficam desolados. Eles estão apelando agora para as Eleições, então imagine só a catástrofe!
Pra você ver: a Guerra aí é para conquistar o consumidor e aqui é para espantar. Falando em cachorro quente, o dogão da Paulista é infinitamente melhor que o mirrado hot-dog candango. Pasmem. Na minha primeira experiência com este tipo de alimento, por aqui, tomei um susto ao ver que os caras servem uma salsicha, apenas com molho, num pão horrível! Quando perguntei do purê, o dogueiro 'candangolêz' me olhou com cara de espanto e rebateu com uma pergunta: 'é de comer?'
Sorte e vida longa aos companheiros de SP!"
Abs
Fábio Gonçalves
Executivo de Contas
fabiog@olivercomunicacao.com.br

- "Acho que esta guerra é efeito de um amor mal acabado! Há pouco tempo houve uma rixa entre dois hipermercados, vocês lembram? Um utilizava o Ronaldo e o outro a Milene, que trocavam indiretas irônicas. Mas agora falando sério: acredito que nessa 'Guerra do Pepino' também vão entrar as pequenas redes. Aliás, acabei de assistir a um exemplo. Os grandões que se cuidem".
Thais Polimeni
thaispolimeni@yahoo.com


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