Frankfurt

A BMW está no encalço da Shuanghuan, montadora chinesa que se prepara para ingressar na Europa, sob a alegação de que o veículo utilitário esportivo da empresa chinesa, o CEO, seria uma cópia da popular SUV da BMW, o X5. Para a BMW, o modelo CEO não passa de uma cópia "barata e descarada".

 A montadora alemã entrou com processo em Munique para proibir a venda do CEO na Alemanha. A importadora européia da Shuanghuan provocou a BMW expondo o carro no primeiro dia do salão internacional do automóvel de Frankfurt, na terça-feira, dando uma amostra clara da vil batalha sobre direitos de propriedade intelectual entre a China e o ocidente, ligada a produtos que vão desde bolsas de marca até chips de computador.

A DaimlerChrysler também está entrando com uma ação contra a Shuanghuan para proibi-la de vender o Noble, um carro pequeno que lembra o Smart, fabricado pela Daimler. O Noble não foi exposto nesta feira, embora a importadora, a China Automobile Deutschland, insista que decidiu por conta própria não distribuir o carro na Alemanha.

É claro que nossos carros são inspirados em montadoras européias", declarou Karl Schloessl, alemão que é diretor executivo da China Automobile. "Mas não aceitamos acusações de que se tratam de cópias". Schloessl, aparentemente, ficou satisfeito com a polêmica, que lançou sua marca chinesa tirando-a da obscuridade e tornando-a o centro das atenções neste salão do automóvel tradicionalmente dominado pelas gigantes automotivas alemãs.

A General Motors e a Honda já acusaram as montadoras chinesas de copiarem seus projetos, mas obtiveram poucas medidas cautelares das cortes chinesas.

Leia a matéria do G1, na íntegra, aqui.