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Laranja Lima abre oficialmente no Brasil
Direto das terras lusitanas, a produtora Tangerina Azul chega a São Paulo usando o nome Laranja Lima.
A empresa abre suas portas oficialmente no país, esta semana, com a proposta de oferecer serviços diferenciados ao mercado brasileiro, sob um "olhar europeu".
À frente das operações brasileiras está o produtor Marcos Monteiro, conhecido como Marquinhos (ex-TvZERO, O2 Filmes e Cine).
"Creio que poderemos oferecer ao mercado brasileiro uma visão diferente de direção, um olhar europeu, o que garantirá uma diversidade cultural às produções", conta Marquinhos à reportagem do Clubeonline.
"Nós pretendemos agregar valor aos trabalhos que realizarmos, oferecendo, por exemplo, a 'visão do diretor', ou o chamado 'treatment', a todos os projetos que a gente receber", argumenta o produtor. Este procedimento. como se sabe, é comum nos Estados Unidos e Europa, mas no Brasil ainda não é muito utilizado (leia texto relacionado, aqui).
A Laranja Lima oferecerá ao mercado brasileiro cinco diretores de cena portugueses e cinco espanhóis. Os portugueses fazem parte do time da Tangerina Azul e os espanhóis, da Albiñana, produtora espanhola parceira da portuguesa.
Marquinhos conta também que a Laranja Lima já negocia com diretores de cena brasileiros, que têm interesse neste "intercâmbio cultural" proposto pela produtora. No entanto, prefere não adiantar os nomes dos profissionais contatados.
O português Sergio Henriques, sócio-fundador da Tangerina, que está no Brasil nesta fase de implementação do novo escritório, explica que a escolha pelo país parte do interesse em um mercado criativo e sólido como o brasileiro.
"São duas as principais razões da aposta no Brasil", afirma Henriques. "Primeiro, porque temos uma área internacional na Tangerina, há cinco anos, por meio da qual oferecemos serviços de produção para toda a Europa. Há cerca de três anos, os pedidos de orçamento para a América do Sul aumentaram e perdemos negócios por não termos uma estrutura aqui", conta.
"Segundo, porque todos os diretores da Tangerina consideram o mercado brasileiro muito criativo e, por isso, têm vontade de filmar por aqui".
Henriques conta ainda que chegou a levantar a hipótese de abrir as operações da Tangerina no mercado argentino, por conta dos custos mais baixos, mas a língua portuguesa pesou na escolha do Brasil.
Ele explica que a expectativa é de que a Laranja Lima se consolide até o final do ano. "Se fizermos meia dúzia de filmes até o final de 2007 está ótimo. E aí começamos com tudo no ano que vem. Este é nosso ano zero", afirma Henriques.
Leia anterior aqui. Veja produção recente da Tangerina, aqui.
Comentários
Felipe Zagaia - Quanto mais melhor! Depois das flores e filmes , temos agora as frutas cítricas. Não sei porque eu perdi a matéria sobre o treatment. Uma pena, porque eu queria ter comentado. Fui criado fora do país e comecei minha careira de redator e, pasme, escrevendo treatment. Ganhava muito bem para escrever para diretores. Eles me contavam como viam o filme e eu colocava no papel. Baseando-me na minha própria experiência, posso dizer que o treatment não é a melhor coisa do mundo. Diretores não precisam ser escritores! Mas de uma hora para outra, escrever passou a ser um talento mais importante do que dirigir. Já vi tanto diretor que não sabia o que queria ganharndo filme pelo treatment, que acho mesmo uma pena se a moda pegar no Brasil. Outra coisa: o brasileiro não precisa de "ass kissing" pra entregar um trabalho pra alguém. Na América, os treatments são cheios de "Oh! Como eu amo o seu roteiro! Como você é brilhante! " Tomara que a gente continue escolhendo diretor e produtora pelo velho critério: TALENTO. Abrz!
Cacá Orosco - Marquinhos, boa sorte nessa nova empreitda, temos mesmo de nos aproximar de nossos colonizadores e seus vizinhos. Abraços caca@sfilmes.com.br
Zezo - Allegro - Fiquei muito feliz com a notícia, Marquinhos. Essa mistura cultural é muito boa, e eu sei de fato, pois morei e trabalhei em Portugal uns nove meses. Muitos já estiveram por lá, agora são eles que vem. Boa sorte e muito sucesso! Abraço. zezo@allegro1.com.br
Diego - Acho que você se refere à exceção, Felipe. Se o diretor é capaz de elaborar uma boa apresentação escrita, então pelo menos ele tem um caminho pra seguir. A menos que ele esqueça o que havia imaginado. Duvido que um bom diretor não saiba se expressar ao menos brevemente por escrito. Diretor é um contador de história, seja ela em que estilo for. Acho que um treatment é muito mais indicativo de foco, objetividade, visão e talento do que artifício para charlatão. Abraços. diegodgd@gmail.com