Comportamento

Ao contrário do que diz o senso comum, as mulheres não falam mais do que os homens. Seres humanos de ambos os sexos proferem, em média, 16 mil palavras por dia.

Estudo descrito na edição desta semana da revista Science conclui que “o estereótipo da tagarelice feminina está profundamente arraigado no folclore ocidental, mas é infundado”.

Os autores do trabalho são psicólogos de universidades do Arizona, Texas e Missouri, nos EUA.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores equiparam voluntários - todos estudantes universitários - com gravadores digitais que se ligavam e desligavam automaticamente, a intervalos regulares. Os voluntários deveriam portar o gravador durante todo o tempo em que estivessem acordados.

As gravações duravam, na maioria dos testes, 30 segundos, e eram tomadas a intervalos de 12 minutos e 30 segundos. A partir do registro, os psicólogos fizeram uma estimativa de quantas palavras cada voluntário proferia ao longo do dia. O trabalho envolveu um total de 396 estudantes.

Os dados indicaram que, ao longo de um período médio de 17 horas de vigília, as mulheres falam 16.215 palavras, em média, ante 15.669 dos homens.

A diferença não tem importância estatística, segundo os pesquisadores, e fica mais frágil ainda diante da que separa, por exemplo, o homem mais lacônico da amostra (500 palavras por dia) do mais falador (45 mil). O resultado, conclui o artigo, mostra que homens e mulheres usam, em média, o mesmo número de palavras diariamente: cerca de 16 mil.

Com informações do jornal O Estado de S.Paulo.