Cannes 2007

Um Leão de Bronze no Lions Direct do Festival de Cannes. Este é o saldo brasileiro na competição de 2007, quando o País conseguiu emplacar um volume recorde de trabalhos no shortlist: 13. O Bronze foi conferido à MatosGrey/G2, com case para o Grupo Izzo (Harley Davidson) batizado “Caixa de Liberdade”.

A Shackleton, de Madrid, levou o Grand Prix da competição com um case para o Banco Galego batizado Lopetegui Deposit. Trata-se de um case que surgiu de uma ação de marketing viral aproveitando a imagem de um apresentador esportivo que caiu da cadeira em que sentava, enquanto estava ao vivo no canal de TV em que trabalha. A imagem foi associada a uma panorâmica imitando o estúdio do canal de TV e fez crer que o apresentador caiu porque viu a oferta que o Banco Galego estava oferecendo a seus clientes.

De acordo com o jurado brasileiro na categoria, Flávio Salles, presidente da Sun MRM, três trabalhos brasileiros ficaram muito perto de ganhar Leões: o da Salem para Unicef, o da Sun para a AACD, e um da McCann-Erickson para Yazigi.

Salles contou também que o case da Salem para a Cisco/COM Braxis constituído de uma mala-direta tridimensional, que compara a estrutura de rede de uma empresa com a rede de uma raquete de tênis não foi bem na decisão dos Leões. A Salem utilizou na peça uma raquete velha para simbolizar uma estrutura ultrapassada e cheia de falhas. Mas, conforme explicou Salles, os jurados entenderam que uma empresa de tecnologia não deveria ser relacionada a produtos velhos e ultrapassados.

Neste ano, competição Lions Direct recebeu 1689 inscrições de todo o mundo. É o maior volume desde a criação dessa categoria, em 2002, e representa uma recuperação no total de inscrições, já que elas haviam caído no ano passado, quando só 1509 cases haviam sido inscritos.

As inscrições brasileiras em 2007 também foram recorde, com 107 trabalhos, mais do que o dobro do que as 53 peças que o país inscreveu no ano passado.