D&AD

O diretor de cena Carlos Manga Júnior, o Manguinha, da Paranoid BR, falou ao Clubeonline sobre a experiência de ser jurado no D&AD.

"Julgar o D&AD foi uma experiência curiosa, especialmente devido às circunstâncias um tanto quanto peculiares. A minha chegada a Londres com dois dias de antecedência ficou na vontade, devido aos vôos cancelados e ao acesso quase impraticável a trens ou qualquer outro meio de transporte terrestre. A organização do festival também foi pega de calças curtas, sofrendo as consequências vulcânicas da terra do Sygur Ross".   

Com o cancelamento dos voos por causa dos efeitos da atividade vulcânica na Islândia, a organização do Festival organizou uma votação online para parte dos jurados, como já contamos por aqui.  

Manguinha tratou então de fazer o julgamento de forma remota, via Brasil. Com base no que avaliou, diz que o storytelling  parece estar ganhando força novamente.

“Passei de quatro a cinco dias e de cinco a seis horas por dia sentado como uma esfinge à frente do meu laptop, assistindo criteriosamente a uns trezentos filmes. Resultado: vermelidão nos olhos, sono e um misto de frustração e devaneios, como ecos em meus pensamentos, zunido em ritmo de Bebop.", ele conta

"De tudo que vi, uma questão ficou muito clara para mim: o storytelling está de volta, dramático ou cômico, naturalista ou hiper-realista. O que volta a valer mesmo, mundo afora, é o simples fato de se contar uma boa história”, avalia.

"Walter Campbell, redator do famoso comercial da Guinnes 'The Surfer', era o presidente da categoria TV and Cinema Crafts, a qual julguei. Foi muito interessante trocar informações com ele e com todos os outros membros do júri", revela.

Manguinha conclui que o processo de julgamento do Festival foi uma excelente experiência. “A cada round votado, fazíamos uma vídeo conferência, na qual discutíamos cada item avaliado: production, production design, direction, cinematography, edition, sound design, use of music, animation e special efects. Foi muito agradável trabalhar sob pontos de vista tão específicos, nos quais a técnica e produção são essenciais. Foi realmente gratificante e um grande prazer ser jurado num dos festivais mais sérios e criteriosos do mundo”.

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