Conar

O Google Brasil anuncia que é a primeira plataforma digital a se associar ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

O Google defende que a associação permitirá a "colaboração para o desenvolvimento de diretrizes e práticas para o mercado digital, em linha com o código de ética do Conar e com as políticas de anúncios adotadas pela empresa".

A associação prevê ações conjuntas em diversas frentes e grupos de trabalho, como o programa Google Priority Flagger, fórum por meio do qual integrantes da indústria podem reportar potenciais violações de políticas, a fim de ajudar a plataforma digital a revisar conteúdos e "mitigar possíveis ações maliciosas mais rápido".

De acordo com o Google, no ano passado a empresa já havia "intensificado o combate a anúncios maliciosos com auxílio da inteligência artificial", com o objetivo de "coibir práticas desonestas e proteger o usuário de suas plataformas". Em Relatório Global de Segurança de Anúncios, o Google informou que removeu mais de 200 milhões de anúncios e suspendeu 1,3 milhão de contas de anunciantes no ano passado no Brasil.

A plataforma chega ao Conar em um momento em que está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) a responsabilidade das chamadas "big techs" em relação à publicidade que exibem.

O órgão já tem maioria para endurecer a regulamentação das plataformas digitais no país: sete dos oito ministros que já votaram no julgamento que deve alterar o Marco Civil da Internet são favoráveis que essas empresas sejam responsáveis pelos conteúdos publicitários. Falta definir com detalhes quais situações poderão levar à responsabilização.

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