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O Espaço é Seu

CRM não é acessório, é base de sustentação (Livia Ribeiro)

13.10.25

Grande parte das empresas não quebra por falta de faturamento. Elas quebram porque não sabem como manter a receita. Sem previsibilidade, sem relacionamento e sem estratégia de retenção, o negócio fica exposto a riscos que poderiam ser evitados. Em um cenário onde adquirir um novo cliente pode custar até sete vezes mais do que manter um que já existe, ignorar essa realidade é como construir um castelo sobre areia.

Ainda é comum ver empresários que colocam todos os esforços e investimentos em tráfego pago, mídia e performance para atrair novos consumidores, mas deixam a conversa morrer logo após a primeira compra. A jornada do cliente se encerra no carrinho finalizado, e não há qualquer plano para continuidade do relacionamento. Não há segmentação, régua de comunicação, ações específicas para clientes fiéis ou inativos. E, o que é ainda mais grave, não há análise de comportamento, para entender quem são os consumidores mais valiosos.

A comunicação frequente com a base de clientes não é só uma questão de marketing. É estratégia de sustentabilidade. A receita recorrente traz estabilidade ao caixa e permite que a empresa cresça com solidez. E, para que essa recorrência exista, é preciso nutrir a relação com os consumidores, construir vínculo, entender hábitos de compra e se fazer presente, com ofertas relevantes, conteúdo útil e abordagens personalizadas. Quem não se comunica, se distancia. E quem se distancia, perde espaço para a concorrência.

Felizmente, já existem ferramentas e recursos que ajudam a transformar essa dinâmica de forma simples e eficaz. A segmentação comportamental, por exemplo, permite entender a frequência e o valor das compras de cada cliente, permitindo focar nos consumidores com mais potencial. Pop-ups estratégicos ajudam a capturar visitantes e transformá-los em leads qualificados. Recursos interativos, como roletas e brindes digitais, engajam o público e aumentam a taxa de conversão. Tudo isso pode – e deve – estar integrado a um bom CRM (Customer Relationship Management) e a uma régua automatizada de comunicação.

O que falta, muitas vezes, não é tecnologia. É prioridade. Tratar o relacionamento com o cliente como uma etapa secundária, que será resolvida depois, é uma armadilha que custa caro. CRM não é ferramenta de luxo. É a estrutura básica de qualquer operação que deseja crescer de forma sustentável. E comunicação com a base não é detalhe. É um pilar estratégico para manter a empresa de pé.

Mais do que nunca, o mercado exige inteligência na gestão da carteira de clientes. A estratégia precisa ir além da aquisição. Ela precisa garantir que, depois do “sim”, o cliente continue enxergando valor no relacionamento. E isso só acontece com constância, personalização e presença.

Quem vende uma vez pode comemorar. Quem vende duas, três, dez vezes para o mesmo cliente, constrói um negócio de verdade.

Livia Menna Barreto Ribeiro, diretora de marketing da Dinamize

Leia texto anterior de O Espaço é Seu aqui.

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