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Péricles fala sobre criação, propósito e voz
Em um dos momentos mais emocionantes da 13ª edição do Festival do Clube de Criação, o Auditório Simón Bolívar ficou pequeno para o brilho de uma conversa que inspirou o público (e também para acomodar todos que queriam entrar).
No painel “Até o sol quis ver de onde vem tanta luz”, o cantor e compositor Péricles mostrou que criatividade, coletividade e propósito são forças que iluminam não apenas o palco, mas todos os espaços onde a arte se manifesta.
Conduzida pelo diretor associado de criação da Galeria, Epaminondas Paulino, pela gerente de conteúdo da W+K, Julia Reis, e pelo CCO da Artplan, Rodrigo Almeida (o “Monte”), a conversa mergulhou na trajetória e na visão criativa de um dos artistas mais populares do país.
Com humildade e sabedoria, Péricles falou sobre como vem ativando sua veia criativa e a importância do trabalho coletivo. “Hoje eu sei que ouvir outras ideias é o que me faz crescer”, disse, reforçando que seu processo de criação — seja na composição, nos shows ou na escolha do repertório — é uma construção conjunta, feita de trocas, aprendizados e afetos.
Questionado por Julia sobre o papel da coletividade, o artista lembrou suas origens: o filho mais velho de uma família numerosa, que aprendeu cedo a dividir, e ex-integrante do Exaltasamba, grupo que o projetou e o ensinou o valor da criação em grupo. “Os maiores sucessos vieram de parcerias. Criar junto é sempre mais rico”, afirmou.
Quando Epaminondas perguntou sobre a potência de sua voz, Péricles foi categórico: “É preciso ter consciência do que se fala e de quem pode ser tocado pelo que você diz”. Ele destacou a responsabilidade de usar sua visibilidade como forma de representar quem muitas vezes não tem voz, citando o programa “Voz da Consciência” (Multishow e Canal Bis), dedicado a artistas negros que contam suas trajetórias e inspiram novas gerações.
O tema da representatividade também atravessou a conversa. Julia Reis fez um paralelo entre uma roda de samba — onde todos têm o mesmo valor — e o que as agências de publicidade poderiam aprender com essa dinâmica. Péricles concordou: “No fundo, todo líder quer uma estrutura mais democrática. Cada um com sua função, mas com o mesmo peso na criação. Isso vale pra música, pra comunicação e pra vida.”
Rodrigo Monte perguntou ao artista sobre sua relação com marcas e marketing, e Péricles revelou que há oito anos construiu, ao lado da esposa, uma equipe que o acompanha em todas as decisões criativas e estratégicas. “É um trabalho feito com confiança, transparência e muita troca”, explicou.
Entre sonhos realizados — como cantar com Alcione no Rock in Rio e dividir o palco com Dexter no The Town — e sonhos ainda por vir, como uma turnê internacional pela Europa, América Latina e Japão, Péricles mostrou-se movido pelo desejo de expandir sem perder suas raízes.
No campo da publicidade, emocionou-se ao recordar um comercial de balas narrado por Renato Teixeira (Baleiro, de 1978, para Balas de Leite Kid`s - veja abaixo), voz que marcou sua infância, e citou influências que moldam sua jornada criativa, como as biografias de Arlindo Cruz, Tim Maia e do grupo Fundo de Quintal.
Falou também sobre sua presença nas redes sociais, especialmente no TikTok, que enxerga como ferramenta de aproximação com o público. “Às vezes até arrisco umas dancinhas”, brincou. “É bonito ver o samba e o pagode em alta de novo, conectando gerações.”
Ao final, Péricles refletiu sobre a importância de sua equipe: “Nada se faz sozinho. Pensando junto, a coisa funciona.” E antes que o público se despedisse, veio o gesto mais simbólico da tarde: uma palinha ao vivo, que fez o auditório inteiro cantar (veja aqui) e reafirmou o que o título do painel já dizia — até o sol quis ver de onde vem tanta luz.
Foi mais que uma entrevista. Foi um encontro entre a publicidade, a arte e a alma de um artista que entende que criar é um ato de amor coletivo.
Luan Araujo
Festival do Clube de Criação
Patrocínio Master (ordem alfabética): Globo; Grupo Papaki; Warner Bros. Discovery
Patrocínio (ordem alfabética): AlmapBBDO; Antfood; Artplan; Barry Company; Boiler Hub; Cine; Galeria; Halley Sound; Heineken; Ilha Crossmídia; Jamute; Lew'Lara\TBWA; Love Pictures Company; Not So Impossible; Monks; Mr Pink Music; Netflix; O2; OMZ; Paranoid; Piloto; Publicis Production; Sadia; Sweet Filmes; The Clios; UBC - União Brasileira de Compositores; Unblock Coffee; VML Brasil
Apoio (ordem alfabética): Anonymous Content Brazil; Artmont Creative Action; BETC Havas; Broders; Carbono Sound Lab; Casablanca Audiovisual; Corazon; Estúdio Origem; Fantástica Filmes; Felicidade Collective; Grupo Box Brasil; Grupo Tigre; Human; Jungle Kid; Magma; MiamiAdSchool; Prosh; Punch Audio; Stickman Studio, Sympla; Unlimitail; UOL; Zanca Films.
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