arrow_backVoltar

25 anos

Google celebra marco destacando a evolução da busca

27.09.23

O Google surgiu efetivamente para o mundo há 25 anos: nasceu como um buscador em 27 de setembro de 1998 pelas mãos de Larry Page e Sergey Brin. Foi com a popularidade dessa ferramenta que se tornou uma companhia gigantesca, com valor que atualmente supera os US$ 281 bilhões.

Desde o início do mês, a big tech está comemorando a marca. Uma carta do CEO Sundar Pichai deu largada às ações comemorativas. Nela, o líder da empresa escreveu “A busca ainda está no centro da nossa missão e ainda é a nossa aposta mais ambiciosa, com muito mais por vir. Claro, o Google hoje é mais do que uma caixa de pesquisa. Temos 15 produtos do Google que atendem, cada um, mais de meio bilhão de pessoas e empresas, e seis que atendem mais de 2 bilhões de usuários cada”.

Sundar observou que nem tudo foram flores nesse período. “Em qualquer jornada de 25 anos, você enfrenta alguns obstáculos, aprende as lições e trabalha para fazer melhor. Lembra do Google Wave?”. E continou: “Também enfrentamos perguntas difíceis sobre o futuro da nossa empresa. Nos anos 2000, a pergunta era: ‘quanto tempo será que a web vai durar?’. Na década seguinte, as pessoas se perguntavam se o Google seria capaz de se adaptar à era da computação móvel, e se a busca estaria chegando ao fim”.

Logicamente, a inteligência artificial entraria na análise do executivo. “Hoje, a IA generativa permite reimaginar nossos principais produtos de jeitos super interessantes – seja a nova Search Generative Experience (SGE) ou o recurso ‘Help me Write’, do Gmail. No início de 2023, lançamos o Bard, um experimento em fase inicial no qual as pessoas podem colaborar com uma IA generativa”.

O CEO do Google ressaltou que “graças à inteligência artificial, temos a oportunidade de fazer coisas importantes numa escala ainda maior”. Segundo ele, um milhão de pessoas já usa a IA generativa do Google Workspace para escrever e criar.

Hoje, as previsões de enchentes já estão acessíveis para locais que abrigam mais de 460 milhões de cidadãos. Um milhão de pesquisadores já usou o banco de dados AlphaFold, que cobre 200 milhões de previsões sobre estruturas proteicas – ajudando a reduzir o uso de plásticos poluentes, a combater a resistência a antibióticos, a lutar contra a malária e muito mais. (...) Mesmo assim, ainda temos muito a fazer. Com o tempo, a inteligência artificial vai se transformar na maior mudança tecnológica de nossas vidas – maior do que a transição de computadores de mesa para aparelhos móveis, e talvez até maior do que a internet, em termos de importância. A IA está essencialmente reescrevendo a tecnologia e acelerando a engenhosidade humana de uma forma inacreditável”.

Momentos emblemáticos

O Google elencou 25 grandes momentos da busca, das imagens úteis à IA. Essa história pode ser conferida em um site criado para marcar a evolução do mecanismo de search.

Destacamos alguns – a lista de todos os 25 momentos está aqui:

2001: Google Imagens
No ano 2000, quando a cantora e atriz Jennifer Lopez participou da cerimônia de entrega do prêmio Grammy, ela surgiu num ousado vestido Versace que se transformou numa lenda instantânea da moda – e também na pesquisa mais popular do Google naquele momento. Na época, os resultados da busca não passavam de uma lista de links azuis. Por isso, as pessoas tinham dificuldade de encontrar a imagem que estava procurando. Foi assim que surgiu a inspiração para criar o Google Imagens.

2001: “Você quis dizer?”
A pergunta “Você quis dizer?” foi um recurso criado para sugerir correções na grafia das palavras pesquisadas. Ele representou um dos primeiros usos que o Google fez de machine learning. Até então, em caso de erro de grafia na palavra pesquisada (por exemplo, “fosforecente”), o Google ajudava a pessoa a encontrar outras páginas, que continham o mesmo erro de grafia. Ao longo dos anos, foram desenvolvidas novas técnicas alimentadas por inteligência artificial (IA), garantindo que mesmo quando a gente aperta a letra errada no teclado, vai encontrar o que está procurando.

2002: Google Notícias
Logo após a tragédia do 11 de setembro de 2001, muita gente teve dificuldade para encontrar informações atualizadas na busca. Pensando nisso, no ano seguinte foi lançado o Google Notícias. O objetivo era atender à necessidade de encontrar notícias recentes, oferecendo links para uma ampla gama de fontes, sobre uma variedade de assuntos.

2003: Easter Eggs
Os googlers já desenvolveram muitos easter eggs, escondidos na busca ao longo dos anos. Um dos primeiros é 2003: trazia a resposta para a vida, a verdade e o universo. De lá para cá, milhões de pessoas já digitaram “askew” (para deixar a página de resultados levemente torta), fizeram um “barrel roll” (para ver a página girar), entraram no interminável ciclo da pesquisa por “recursion” (ou “recursividade”, que é a “propriedade daquilo que se pode repetir um número indefinido de vezes”, na definição do dicionário) e curtiram momentos da cultura pop.

2006: Google Tradutor
Pesquisadores do Google começaram a desenvolver tecnologias de tradução por máquina em 2002. O objetivo era derrubar as barreiras de idiomas na internet. Quatro anos depois, foi lançado o Google Tradutor, oferecendo traduções de texto entre inglês e árabe. Atualmente, o Google Tradutor oferece mais de cem línguas, sendo que 24 novos idiomas foram acrescentados só em 2022.

2006: Google Trends
O Google Trends foi criado para ajudar as pessoas a entender as tendências observadas na busca, a partir de dados agregados (que também ajuda a compor o relatório “As Buscas do Ano”). Atualmente, o Google Trends é o maior conjunto de dados gratuito do tipo no mundo. Com ele, jornalistas, pesquisadores, acadêmicos e marcas podem acompanhar as mudanças nos termos pesquisados ao longo do tempo.

2008: Busca por voz
Em 2008, foi introduzida a possibilidade de pesquisar por voz no aplicativo do Google para dispositivos móveis, expandindo para o desktop em 2011. Com a busca por voz, as pessoas podem pesquisar usando comandos orais: basta apertar um único botão. Atualmente, a Busca por voz é especialmente popular na Índia. Lá, a porcentagem de pessoas que usa essa ferramenta é duas vezes maior do que a média global.

2017: Lens
O Google Lens transforma a câmera do celular num mecanismo de busca. Com ele, é possível olhar para os objetos que estão numa imagem, compará-los a outras imagens e estabelecer um ranking entre essas imagens, com base em suas semelhanças e sua relevância em relação à foto original. Hoje em dia, o Lens “vê” mais de 12 bilhões de buscas visuais por mês.

2018: Previsão de enchentes
Com o objetivo de ajudar pessoas a se preparar para enchentes iminentes, foram criados modelos de previsão que usam IA para antever quando e onde enchentes severas poderão ocorrer. Esse trabalho começou na Índia, e atualmente há alertas de enchente para 80 países.

2020: Gráfico de Compras
As compras online ficaram bem mais fáceis e mais abrangentes quando o Google passou a permitir que qualquer varejista ou marca pudesse mostrar seus produtos na plataforma, de graça. Além disso, foi lançado o Gráfico de Compras, um conjunto de dados alimentado por inteligência artificial, que atualiza constantemente produtos, vendedores, marcas, avaliações e estoques. Atualmente, esse banco conta com listagens de 35 bilhões de produtos.

2020: Hum to Search
O Hum to Search acabou com aquela frustração quando a gente não consegue lembrar que música é aquela que grudou na nossa cabeça. Esse recurso, que usa aprendizado de máquina, identifica algumas músicas que podem corresponder à melodia que você cantarolar (“hum”, em inglês), assoviar ou cantar. Depois de encontrar a música correta, dá para pesquisar informações sobre a canção ou o artista.

2023: Search Labs & Search Generative Experience (SGE)
A cada ano, o Google realiza centenas de milhares de experimentos na busca. O Search Labs é um laboratório que permite aos usuários testar esses experimentos em fase inicial, e depois dar opiniões e sugestões que ajudam diretamente as equipes envolvidas no projeto. A SGE (sigla em inglês para “experiência generativa da busca”) é a primeira experiência do tipo. Ela coloca o poder da IA generativa diretamente na busca. Dá para ter o gostinho de um assunto específico por meio de resumos criados por inteligência artificial, pontos para explorar mais e jeitos ainda mais naturais de fazer perguntas. Desde o lançamento nos Estados Unidos, foram acrescentas mais capacidades – e outras ainda estão por vir.

25 anos

/