A Mídia Somos Nozes

O diretor de arte brasileiro Luter Filho, que trabalha na DDB Budapest, protagoniza a exposição fotográfica "A Mídia Somos Nozes", até 17 de junho, em Budapeste (Hungria), na Telep Galeria.

A exposição trata do poder que a "mídia individual" atingiu frente à mídia de massa tradicional, durante as manifestações de junho de 2013, no Brasil.

Texto de Luter Filho que contextualiza a exposição e pode ser conferido na mostra, diz que "no dia 17 de junho de 2013, no Rio de Janeiro, mais de 100 mil pessoas se reuniram no centro da cidade em protesto contra o aumento nas tarifas do transporte público (20 centavos) e os altos gastos públicos com grandes eventos esportivos internacionais, como a Copa do Mundo. Nos dias seguintes, os protestos se estenderam por outras cidades. Quanto mais gente na rua, mais repressão policial. E quanto mais repressão policial, mais apoio popular. Mas o que se via na TV não era o que se via na internet. Os vândalos que eram vistos nos jornais e revistas, não eram os mesmos vistos nos blogs, twitters, facebooks e whatsapps de pessoas comuns que foram para as ruas defender seus direitos. E é isso o que a exposição 'A Mídia Somos Nozes' registra com imagens: a mídia de massa - rica e poderosa - se contradizendo todos os dias e perdendo força em tempo real para um novo poder, a 'mídia do indivíduo'".