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AI is in the air

Accenture lança Centro de Inovação no Brasil

23.10.25

Primeiro era apenas o mundo físico, depois veio a era digital e tudo foi parar na nuvem. Agora, é o ar, ou melhor, AIR (Artificial Intelligence Reinvention), sigla que sintetiza a proposta do CIC (Connected Innovation Center), lançado pela Accenture, em São Paulo, nesta semana.

O espaço faz parte de uma rede global, que reúne, até agora, um total de 27 centros de inovação localizados em pontos estratégicos, como Tóquio, Nova York, Cidade do México e Buenos Aires.

A proposta é fazer conexões, em tempo real, para alcançar “soluções inovadoras”, no modelo de cocriação, para a chamada “terceira onda” da realidade tecnológica.

O conceito “AIRfoi criado no Brasil em parceria com profissionais da Accenture de outros países, segundo conta Eco Moliterno, CCO (chief creative officer) da Accenture Song, divisão do grupo que cuida de marcas e marketing.

Moliterno avalia que o conceito “tem pertinência” com a realidade da inteligência artificial pois, simbolicamente, o ar tem o significado de ser vital, transparente - para as questões éticas envolvendo o assunto - e onipresente, pois “está em todo lugar".

Mas é com o mar que o CCO faz a analogia da proposta do CIC com a inovação. Moliterno lembra que, em 1473, quando os navegantes portugueses cruzaram a Linha do Equador pela primeira vez, não viam mais a Estrela Polar e não sabiam como se guiar até encontrar a referência do Cruzeiro do Sul.

“Estamos vivendo exatamente isso agora. O céu mudou e a gente precisa aprender a navegar novamente", diz Moliterno ao falar sobre a função do CIC.

Sobre o impacto da tecnologia nas empresas e nas marcas, ele descreve três ondas: Outsourcing, em 2008, caracterizada pela busca de talentos, a onda digital em 2018, com a ascensão da Cloud, e a terceira, agora, “pós-nuvem”, com a onda da inteligência artificial.

“É a era dos multiagentes, que são os humanos e as máquinas juntos. Essa combinação é o diferencial e esse é nosso mantra”, diz Moliterno, afirmando que o mercado “vive uma época sem precedentes de aceleração de processos, de velocidade e eficiência".

Victor Lima, líder de inovação e tecnologia sustentável da Accenture na América Latina, afirma que o conceito AIR acontece em três dimensões, cada uma delas batizada com a inicial "R”: Reimaginar os negócios, identificando as “batalhas críticas” da empresa, Remodelar a força de trabalho e Redesenhar a estrutura fazendo parcerias com “alianças estratégicas".

Rodolfo Eschenbach, presidente da Accenture para Brasil e América Latina, diz que os serviços do CIC têm como objetivo “melhorar eficiência” e serão oferecidos aos clientes sem precificação. Não vamos vender para o mercado, afirmou.

Como exemplos de inovação desenvolvidos pela Accenture Song foram apresentados o Otto, assistente de IA generativa para o caro VW Tera, que “conversa” com o motorista, e um trabalho de “smart licensing", feito para a Vale, que conseguiu reduzir em até 40% o tempo médio de sete anos de um processo de licença ambiental.

Também foi mostrado um sistema de "criação de campanhas", desenvolvido para a RD Saúde (redes de farmácias Drogasil e Raia). Sob o comando de um humano, um grupo de 14 agentes robóticos cria anúncios personalizados de acordo com targets e contexto de consumo. O tempo de execução de campanhas caiu de 16 dias para 16 minutos, segundo a Accenture. Assustador.

Marcello Queiroz

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