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Altas Tarifas

Pedágios paulistas lucraram 3 bi

08.09.09

A cada segundo, um motorista deixa 126 reais num posto de pedágio de São Paulo. O Estado sempre teve a tarifa mais cara do país. O motivo, segundo o secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, é São Paulo contar com as melhores estradas e fazer frequentes investimentos. Mas as coisas já eram mais ou menos assim antes de serem privatizadas.


O cidadão comum não entende por que a tarifa não pode ser reduzida. A insatisfação é maior quando se faz uma comparação entre o valor das tarifas estaduais e federais.

Enquanto um motorista paga 17,60 reais de pedágio por uma viagem de 1.124 quilômetros entre São Paulo e Belo Horizonte, ida e volta, pela rodovia federal Fernão Dias, num percurso menor até São José do Rio Preto – a 440 quilômetros de distância da capital paulista –, desembolsa 118 reais nos dois sentidos.


A distância é menor e a diferença no custo da viagem a Rio Preto é de 570%. O pedágio não afeta apenas quem usa o carro. Quem viaja de ônibus também paga, pois a cobrança onera o valor de qualquer mercadoria. No Estado, 93% das cargas são transportadas por caminhões que circulam pelos postos de pedágio.


A administração Serra alega que as rodovias sob a responsabilidade da União não fariam investimentos e, por isso, teriam uma tarifa menor. O governo federal contesta e garante oferecer em suas estradas a mesma qualidade em serviços como o atendimento ao usuário, socorro médico, recuperação de pistas e instalação de radares.


É fato que as concessionárias paulistas têm um lucro invejável. A receita bruta dessas empresas foi de 21,8 bilhões de reais entre 2000 e 2008. A previsão de arrecadação para 2009 é de 4 bilhões de reais. No ano passado, foi de 3,9 bilhões. O lucro líquido chegou a 3 bilhões de reais em dez anos e o aumento representou 1.053%.


Leia matéria da Carta Capital na íntegra aqui.

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